
Selic a 15%: o que muda no seu bolso e como ficam poupança, CDB e Tesouro
Taxa básica de juros atinge o maior patamar em quase 20 anos; objetivo do Banco Central é controlar a inflação, mas a medida afeta diretamente investimentos e o crédito no país. Dinheiro, real, notas de R$ 50, contagem de cédulas
Marcello Casal Jr./Agência Brasil
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou na quarta-feira (18) a taxa Selic para 15% ao ano. A decisão unânime confirma a sinalização de uma política monetária mais dura e duradoura, com juros elevados por um “tempo suficientemente prolongado”, segundo o BC.
🔎 A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira, usada como referência para todas as demais taxas — desde financiamentos e empréstimos até os rendimentos de aplicações financeiras.
Quando a Selic sobe, os empréstimos e créditos ficam mais caros, o que desestimula o consumo e o investimento das empresas. Com menos dinheiro circulando, a tendência é de que os preços — inclusive de alimentos, combustíveis e serviços — subam menos, ajudando no controle da inflação.
Ou seja, a Selic influencia tanto o retorno de quem investe quanto o custo de vida de quem consome. Um aumento como o atual impacta diretamente o bolso dos brasileiros — seja no supermercado, no financiamento do carro, ou na rentabilidade da poupança.
Veja abaixo como essa nova alta impacta seu bolso.
Poupança ainda perde para outros investimentos
Hábitos de poupança podem ser estimulados durante a infância.
Getty Images via BBC
Com a Selic a 15%, a regra de rendimento da poupança não muda: ela segue pagando 0,5% ao mês + Taxa Referencial (TR) sempre que a Selic estiver acima de 8,5% ao ano — como é o caso. Na prática, isso significa um rendimento anual de aproximadamente 8,17% ao ano, muito abaixo da inflação projetada e de outros investimentos.
Mesmo com a taxa de juros nas alturas, a caderneta continua sendo uma opção menos vantajosa em termos de rentabilidade. Ela só se destaca pela liquidez imediata e isenção de Imposto de Renda, o que pode ser atrativo para quem busca facilidade e segurança, não retorno alto.
CDB mais atrativo
Por que deixar dinheiro na poupança não vale mais a pena?
Foto/Sicoob
Com a alta da Selic, os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) se tornam mais atrativos. Isso porque muitos deles são atrelados ao CDI — taxa que acompanha de perto a Selic. Em um cenário de juros a 15%, CDBs que pagam 100% do CDI podem render até 12,70% ao ano.
Vale lembrar que existem CDBs de liquidez diária — bons para reserva de emergência — e outros com vencimentos mais longos, que exigem que o dinheiro fique aplicado até a data final. É importante comparar as taxas oferecidas por diferentes bancos antes de investir.
Tesouro Direto: segurança com retorno acima da inflação
O Tesouro Direto também ganha destaque com a Selic em alta, especialmente os títulos Tesouro Selic e Tesouro IPCA+. O primeiro acompanha a taxa básica de juros e é indicado para quem busca baixo risco e liquidez, ideal inclusive para reserva de emergência. Com a Selic a 15%, ele rende próximo disso ao ano, com desconto de IR conforme o prazo.
Já o Tesouro IPCA+ garante rentabilidade real acima da inflação, com vencimentos variados. Com o cenário de juros elevados, esses papéis têm oferecido taxas acima de IPCA + 6%, o que representa retorno expressivo, especialmente para objetivos de médio e longo prazo, como aposentadoria ou educação dos filhos.
Além da rentabilidade, os títulos do Tesouro têm o diferencial da segurança: são garantidos pelo governo federal, com risco muito baixo. Para quem está preocupado com instabilidades econômicas, trata-se de uma alternativa sólida para proteger o patrimônio.
Banco Central do Brasil sobe selic para 15% ao ano
Marcello Casal Jr./Agência Brasil
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou na quarta-feira (18) a taxa Selic para 15% ao ano. A decisão unânime confirma a sinalização de uma política monetária mais dura e duradoura, com juros elevados por um “tempo suficientemente prolongado”, segundo o BC.
🔎 A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira, usada como referência para todas as demais taxas — desde financiamentos e empréstimos até os rendimentos de aplicações financeiras.
Quando a Selic sobe, os empréstimos e créditos ficam mais caros, o que desestimula o consumo e o investimento das empresas. Com menos dinheiro circulando, a tendência é de que os preços — inclusive de alimentos, combustíveis e serviços — subam menos, ajudando no controle da inflação.
Ou seja, a Selic influencia tanto o retorno de quem investe quanto o custo de vida de quem consome. Um aumento como o atual impacta diretamente o bolso dos brasileiros — seja no supermercado, no financiamento do carro, ou na rentabilidade da poupança.
Veja abaixo como essa nova alta impacta seu bolso.
Poupança ainda perde para outros investimentos
Hábitos de poupança podem ser estimulados durante a infância.
Getty Images via BBC
Com a Selic a 15%, a regra de rendimento da poupança não muda: ela segue pagando 0,5% ao mês + Taxa Referencial (TR) sempre que a Selic estiver acima de 8,5% ao ano — como é o caso. Na prática, isso significa um rendimento anual de aproximadamente 8,17% ao ano, muito abaixo da inflação projetada e de outros investimentos.
Mesmo com a taxa de juros nas alturas, a caderneta continua sendo uma opção menos vantajosa em termos de rentabilidade. Ela só se destaca pela liquidez imediata e isenção de Imposto de Renda, o que pode ser atrativo para quem busca facilidade e segurança, não retorno alto.
CDB mais atrativo
Por que deixar dinheiro na poupança não vale mais a pena?
Foto/Sicoob
Com a alta da Selic, os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) se tornam mais atrativos. Isso porque muitos deles são atrelados ao CDI — taxa que acompanha de perto a Selic. Em um cenário de juros a 15%, CDBs que pagam 100% do CDI podem render até 12,70% ao ano.
Vale lembrar que existem CDBs de liquidez diária — bons para reserva de emergência — e outros com vencimentos mais longos, que exigem que o dinheiro fique aplicado até a data final. É importante comparar as taxas oferecidas por diferentes bancos antes de investir.
Tesouro Direto: segurança com retorno acima da inflação
O Tesouro Direto também ganha destaque com a Selic em alta, especialmente os títulos Tesouro Selic e Tesouro IPCA+. O primeiro acompanha a taxa básica de juros e é indicado para quem busca baixo risco e liquidez, ideal inclusive para reserva de emergência. Com a Selic a 15%, ele rende próximo disso ao ano, com desconto de IR conforme o prazo.
Já o Tesouro IPCA+ garante rentabilidade real acima da inflação, com vencimentos variados. Com o cenário de juros elevados, esses papéis têm oferecido taxas acima de IPCA + 6%, o que representa retorno expressivo, especialmente para objetivos de médio e longo prazo, como aposentadoria ou educação dos filhos.
Além da rentabilidade, os títulos do Tesouro têm o diferencial da segurança: são garantidos pelo governo federal, com risco muito baixo. Para quem está preocupado com instabilidades econômicas, trata-se de uma alternativa sólida para proteger o patrimônio.
Banco Central do Brasil sobe selic para 15% ao ano