
Policial penal que atirou contra carro e acertou criança na cabeça tem prisão preventiva decretada
Menina de 10 anos estava no banco do passageiro do veículo atingido pelos tiros e voltava da casa dos avós com o pai. Ela foi levada ao hospital em estado grave. Está preso o policial penal que atirou em uma menina de 10 anos
A Justiça decretou, nesta terça-feira (17), a prisão preventiva do policial penal Márcio da Silveira Coelho, de 34 anos. Ele é investigado por atirar contra um carro e balear uma criança na cabeça depois de levar uma “fechada” no trânsito, no último domingo (15), em Porto Firme, na Zona da Mata mineira.
O policial foi detido no dia do crime. Em audiência de custódia, a juíza Alessandra de Souza Nascimento Gregório entendeu que o caso é “extrema gravidade” e determinou que ele fique preso preventivamente, ou seja, responda ao processo na prisão.
“[…] considero que os fatos narrados são de extrema gravidade, tratando-se de tentativa de homicídio, com emprego de meio potencialmente letal e com significativa repercussão social, especialmente pelo fato de o autuado ser servidor público […]”, disse trecho da decisão judicial.
Lavínia Freitas de Oliveira e Souza, de 10 anos, estava no banco do passageiro do veículo atingido pelos tiros e voltava da casa dos avós com o pai (leia mais abaixo). Ela foi socorrida em estado grave e, até a publicação desta reportagem, não havia informações atualizadas sobre seu quadro de saúde.
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) disse que a Corregedoria da Polícia Penal abriu um procedimento administrativo para apurar a conduta do servidor.
Procurada pelo g1, a defesa do policial alegou que ele estava com a família e passou a ser seguido “de forma suspeita” pelo outro carro. O advogado disse, também, que o cliente “realizou disparos para o alto, com o único intuito de afastar o veículo e proteger sua família de um possível ataque” e que “não houve qualquer intenção de atingir terceiros, muito menos uma criança”.
Versão do pai
De acordo com o registro da PM, o pai da menina, de 46 anos, relatou que trafegava pela estrada que conecta os municípios de Diogo Vasconcelos e Porto Firme quando um carro em alta velocidade se aproximou e o ultrapassou. Em seguida, o motorista que estava no outro veículo parou e desceu.
O pai da criança pensou que poderia ser um assalto e acelerou para escapar. Assim que arrancou, ele ouviu vários tiros e percebeu que um deles acertou a cabeça da criança.
Ainda conforme o relato, o homem seguiu com a filha para uma unidade de saúde em Viçosa. Devido à gravidade dos ferimentos, ela foi transferida para o Hospital Arnaldo Gavazza Filho, em Ponte Nova.
O pai da menina contou aos policiais que não estava sendo ameaçado nem tinha problemas ou dívidas com ninguém. Ele também disse que foi a Diogo de Vasconcelos para visitar os avós da filha.
Versão do policial
Após identificar o carro usado no crime, os policiais foram até o endereço vinculado ao veículo e localizaram o suspeito, Márcio da Silveira Coelho, de 34 anos. Ele se apresentou como policial penal.
À PM, o homem relatou que o outro automóvel tentou ultrapassá-lo em alta velocidade, piscou os faróis e o fechou na pista. O policial penal alegou que se sentiu ameaçado e fez os disparos, mas disse não saber se alguém foi atingido.
Ele também afirmou que a arma estava guardada em casa, dentro do guarda-roupa. A Polícia Militar prendeu o suspeito e apreendeu a pistola.
Investigação
Em nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou que a Corregedoria da Polícia Penal instaurou um procedimento preliminar investigativo para apurar a conduta do servidor, que trabalha na unidade prisional de Ponte Nova.
“Ressaltamos que a Sejusp não compactua com possíveis desvios de conduta de seus servidores. Toda e qualquer suspeita é apurada com rigor, sempre respeitando o devido processo legal e os princípios da ampla defesa e do contraditório. Medidas administrativas e, quando necessário, judiciais são adotadas com a seriedade que o tema exige”, completou a pasta.
A secretaria também informou que o policial penal teve a prisão ratificada após ser ouvido em uma delegacia e foi encaminhado ao Presídio de Viçosa, onde permanece à disposição da Justiça.
O caso é apurado pela Polícia Civil, que enviou uma equipe de perícia ao local do crime para identificar e coletar vestígios que subsidiarão a investigação.
Policial penal atira em carro após levar ‘fechada’ e acerta criança na cabeça em MG
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A Justiça decretou, nesta terça-feira (17), a prisão preventiva do policial penal Márcio da Silveira Coelho, de 34 anos. Ele é investigado por atirar contra um carro e balear uma criança na cabeça depois de levar uma “fechada” no trânsito, no último domingo (15), em Porto Firme, na Zona da Mata mineira.
O policial foi detido no dia do crime. Em audiência de custódia, a juíza Alessandra de Souza Nascimento Gregório entendeu que o caso é “extrema gravidade” e determinou que ele fique preso preventivamente, ou seja, responda ao processo na prisão.
“[…] considero que os fatos narrados são de extrema gravidade, tratando-se de tentativa de homicídio, com emprego de meio potencialmente letal e com significativa repercussão social, especialmente pelo fato de o autuado ser servidor público […]”, disse trecho da decisão judicial.
Lavínia Freitas de Oliveira e Souza, de 10 anos, estava no banco do passageiro do veículo atingido pelos tiros e voltava da casa dos avós com o pai (leia mais abaixo). Ela foi socorrida em estado grave e, até a publicação desta reportagem, não havia informações atualizadas sobre seu quadro de saúde.
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) disse que a Corregedoria da Polícia Penal abriu um procedimento administrativo para apurar a conduta do servidor.
Procurada pelo g1, a defesa do policial alegou que ele estava com a família e passou a ser seguido “de forma suspeita” pelo outro carro. O advogado disse, também, que o cliente “realizou disparos para o alto, com o único intuito de afastar o veículo e proteger sua família de um possível ataque” e que “não houve qualquer intenção de atingir terceiros, muito menos uma criança”.
Versão do pai
De acordo com o registro da PM, o pai da menina, de 46 anos, relatou que trafegava pela estrada que conecta os municípios de Diogo Vasconcelos e Porto Firme quando um carro em alta velocidade se aproximou e o ultrapassou. Em seguida, o motorista que estava no outro veículo parou e desceu.
O pai da criança pensou que poderia ser um assalto e acelerou para escapar. Assim que arrancou, ele ouviu vários tiros e percebeu que um deles acertou a cabeça da criança.
Ainda conforme o relato, o homem seguiu com a filha para uma unidade de saúde em Viçosa. Devido à gravidade dos ferimentos, ela foi transferida para o Hospital Arnaldo Gavazza Filho, em Ponte Nova.
O pai da menina contou aos policiais que não estava sendo ameaçado nem tinha problemas ou dívidas com ninguém. Ele também disse que foi a Diogo de Vasconcelos para visitar os avós da filha.
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Após identificar o carro usado no crime, os policiais foram até o endereço vinculado ao veículo e localizaram o suspeito, Márcio da Silveira Coelho, de 34 anos. Ele se apresentou como policial penal.
À PM, o homem relatou que o outro automóvel tentou ultrapassá-lo em alta velocidade, piscou os faróis e o fechou na pista. O policial penal alegou que se sentiu ameaçado e fez os disparos, mas disse não saber se alguém foi atingido.
Ele também afirmou que a arma estava guardada em casa, dentro do guarda-roupa. A Polícia Militar prendeu o suspeito e apreendeu a pistola.
Investigação
Em nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou que a Corregedoria da Polícia Penal instaurou um procedimento preliminar investigativo para apurar a conduta do servidor, que trabalha na unidade prisional de Ponte Nova.
“Ressaltamos que a Sejusp não compactua com possíveis desvios de conduta de seus servidores. Toda e qualquer suspeita é apurada com rigor, sempre respeitando o devido processo legal e os princípios da ampla defesa e do contraditório. Medidas administrativas e, quando necessário, judiciais são adotadas com a seriedade que o tema exige”, completou a pasta.
A secretaria também informou que o policial penal teve a prisão ratificada após ser ouvido em uma delegacia e foi encaminhado ao Presídio de Viçosa, onde permanece à disposição da Justiça.
O caso é apurado pela Polícia Civil, que enviou uma equipe de perícia ao local do crime para identificar e coletar vestígios que subsidiarão a investigação.
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