
Polícia conclui inquérito que indicia motorista de caminhão por atingir ônibus e causar morte de 12 estudantes em SP
Evandro Leite, de 51 anos, está preso preventivamente e responde por homicídio culposo agravado por omissão de socorro. Em 20 de fevereiro, estudantes de São Joaquim da Barra voltavam da faculdade quando ônibus em que estavam foi atingido por caminhão em Nuporanga (SP). Ônibus que colidiu com caminhão entre Nuporanga (SP) e São José da Bela Vista (SP) ficou destruído
Samuel Santos/CBN Ribeirão
A Polícia Civil confirmou ter concluído e relatado à Justiça o inquérito policial sobre o acidente que causou a morte de 12 estudantes de São Joaquim da Barra (SP) que voltavam da faculdade na noite de 20 de fevereiro e tiveram o ônibus atingido por um caminhão.
O documento mantém o indiciamento do motorista da carreta, Evandro Rogério Leite, de 51 anos, que teve a prisão em flagrante convertida em preventiva e responde por 12 homicídios culposos, ou seja, cometidos sem intenção de matar, agravados por omissão de socorro, afastamento do local do acidente, além de lesões corporais culposas, pelos passageiros do ônibus sobreviventes, mas que se feriram.
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“As evidências de culpabilidade do motorista Evandro foram destacadas no dia em que ele foi preso. Duas testemunhas oculares, que viajavam num veículo que seguia imediatamente atrás do caminhão, presenciaram ele invadir a faixa da pista de rolamento contrária por três vezes antes de colidir lateralmente contra o ônibus”, informou o delegado Clodoaldo Vieira, de Nuporanga (SP).
O g1 procurou o advogado de defesa de Evandro nesta sexta-feira (7), mas não obteve um posicionamento até a publicação desta reportagem. Anteriormente, à polícia, o motorista negou ter bebido antes de dirigir. Sua defesa também negou que Evandro estivesse cansado ou fazendo uma viagem exaustiva.
Durante o inquérito, a Polícia Civil ouviu 21 pessoas, entre elas 15 vítimas que estavam no ônibus, outras cinco testemunhas e o indiciado. “Presidi o inquérito policial, que já foi concluído e remetido no prazo legal”, afirmou o delegado, que tinha dez dias, a partir da prisão do suspeito, para encaminhar os documentos ao poder judiciário.
Segundo Vieira, a investigação também teve acesso aos laudos necroscópicos dos 12 estudantes que morreram.
Ainda estão pendentes, para posterior envio à Justiça, laudos periciais do local do acidente e dos veículos envolvidos na colisão, bem como o resultado da perícia realizada sobre as lesões sofridas pelos passageiros que sobreviveram.
“Qualquer elemento de informação produzido durante o inquérito policial e também na instrução do processo podem, eventualmente, alterar os enquadramentos legais iniciais de indiciamento e da denúncia do Ministério Público até a sentença final”, explicou.
Motorista Evandro Rogério Leite, que dirigia caminhão que bateu em ônibus e matou 12 estudantes, está internado sob escolta policial
Reprodução/EPTV
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O acidente aconteceu por volta das 23h de 20 de fevereiro na Rodovia Waldir Canevari (SP-355/330) entre Nuporanga e São José da Bela Vista, em um trecho de pista simples. Os estudantes da Unifran saíram de Franca com destino a São Joaquim da Barra, cidade onde moravam.
O ônibus, com 29 estudantes e o motorista, bateu com um caminhão que vinha no sentido oposto na pista, invadindo a faixa em que estavam. O impacto deixou lateral do ônibus completamente destruída.
A Rodovia Prefeito Fábio Talarico (SP-345), mais usual para o trecho entre as cidades, está interditada desde novembro de 2024 após ser constatada uma trinca em um dos pilares de sustentação da ponte, que fica sobre o rio Salgado. A rodovia utilizada é de pista simples, não tem acostamento e possui um desnível que pode prejudicar o controle dos veículos.
Ao todo, 12 mortes foram confirmadas e outras 19 pessoas feridas. Elas foram levadas para hospitais da região. A maioria delas foi encaminhada à Santa Casa de São Joaquim da Barra e recebeu alta ainda na sexta-feira (21). A última vítima que estava internada, na UTI da Santa Casa de Franca, recebeu alta no dia 25.
O caso não só deixou em luto toda a população de São Joaquim da Barra como ganhou repercussão nacional. Em seu programa, a apresentadora Ana Maria Braga se solidarizou com as vítimas. Após o acidente, a Prefeitura de São Joaquim da Barra alterou o itinerário da viagem dos estudantes para Franca.
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O documento mantém o indiciamento do motorista da carreta, Evandro Rogério Leite, de 51 anos, que teve a prisão em flagrante convertida em preventiva e responde por 12 homicídios culposos, ou seja, cometidos sem intenção de matar, agravados por omissão de socorro, afastamento do local do acidente, além de lesões corporais culposas, pelos passageiros do ônibus sobreviventes, mas que se feriram.
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“As evidências de culpabilidade do motorista Evandro foram destacadas no dia em que ele foi preso. Duas testemunhas oculares, que viajavam num veículo que seguia imediatamente atrás do caminhão, presenciaram ele invadir a faixa da pista de rolamento contrária por três vezes antes de colidir lateralmente contra o ônibus”, informou o delegado Clodoaldo Vieira, de Nuporanga (SP).
O g1 procurou o advogado de defesa de Evandro nesta sexta-feira (7), mas não obteve um posicionamento até a publicação desta reportagem. Anteriormente, à polícia, o motorista negou ter bebido antes de dirigir. Sua defesa também negou que Evandro estivesse cansado ou fazendo uma viagem exaustiva.
Durante o inquérito, a Polícia Civil ouviu 21 pessoas, entre elas 15 vítimas que estavam no ônibus, outras cinco testemunhas e o indiciado. “Presidi o inquérito policial, que já foi concluído e remetido no prazo legal”, afirmou o delegado, que tinha dez dias, a partir da prisão do suspeito, para encaminhar os documentos ao poder judiciário.
Segundo Vieira, a investigação também teve acesso aos laudos necroscópicos dos 12 estudantes que morreram.
Ainda estão pendentes, para posterior envio à Justiça, laudos periciais do local do acidente e dos veículos envolvidos na colisão, bem como o resultado da perícia realizada sobre as lesões sofridas pelos passageiros que sobreviveram.
“Qualquer elemento de informação produzido durante o inquérito policial e também na instrução do processo podem, eventualmente, alterar os enquadramentos legais iniciais de indiciamento e da denúncia do Ministério Público até a sentença final”, explicou.
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