Famílias estão entre as vítimas do acidente com balão em SC
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Famílias estão entre as vítimas do acidente com balão em SC

Ao todo, oito pessoas morreram e 13 sobreviveram. O governo de Santa Catarina decretou luto oficial de três dias. Pelas redes sociais, o governador, Jorginho Mello, lamentou o acidente. Famílias estão entre as vítimas do acidente com balão em SC
Reprodução/TV Globo
Entre as vítimas da tragédia em Praia Grande, em Santa Catarina, estavam famílias que queriam aproveitar um dos passeios mais famosos do sul do país.
Leane Hermann e Leise Parizotto eram moradoras de Blumenau, no Vale do Itajaí. Mãe e filha são duas das oito vítimas do acidente. Leise era médica da rede pública. A irmã dela, Leciane Parizotto, também estava no balão e sobreviveu. A prefeitura de Blumenau lamentou as mortes e se solidarizou com familiares, amigos e colegas.
Outra família devastada foi a de Everaldo e Janaína da Rocha. O casal morava em Joinville, na região norte de Santa Catarina, e fazia um passeio em família. Quando o piloto tentou pousar e o balão se aproximou do solo, a filha deles, de 22 anos, pulou e sobreviveu. Os pais ficaram no cesto e morreram. A prefeitura de Joinville declarou que o sentimento na cidade é de consternação.
As outras vítimas são: Andrei Gabriel de Melo, médico oftalmologista de Fraiburgo, no meio-oeste catarinense. A prefeitura divulgou nota, se solidarizando com a família.
Leandro Luzzi, morador de Brusque, no Vale do Itajaí. Ele era diretor-técnico da Federação Catarinense de Patinação Artística. A federação divulgou nota lembrando que ele era um profissional exemplar e apaixonado pelo que fazia. “Sua ausência deixará uma lacuna irreparável em nossos corações e em nossa modalidade.”
Duas das vítimas eram gaúchas. O bancário Fábio Luiz Izycki, natural de Barão de Cotegipe. A engenheira agrônoma Juliane Jacinta Sawicki, nascida em Carlos Gomes. Ela tinha uma empresa em Áurea. A prefeitura de Áurea divulgou uma nota de pesar.
O diarista Bernardino de Jesus estava dormindo quando ouviu gritos. Correu para rua e encontrou um rapaz que pulou do balão.
“Ele chegou aqui, saiu correndo, se ajoelhou na frente da igreja e rezava. Aí minha mulher estava aqui na área e veio com água e açúcar para ele. Até perguntei para ele se ele queria trocar a roupa e colocar uma roupa minha e ele disse que não queria. E a gente deu um cobertor para ele e ele se enrolou. Aí nisso vinha passando um amigo meu da Praia Grande também e eu falei com ele e pedi para ele levar o rapaz para o hospital”, conta.
Cinco sobreviventes foram levados para um hospital de Praia Grande. Três tiveram ferimentos leves e outros dois, queimaduras de segundo grau, nas mãos e no rosto. Todos já foram liberados ao longo da tarde. Uma das prioridades foi o atendimento psicológico.
“Eles trouxeram todo o conteúdo angustiante e trágico do fato. Mas os detalhes do ocorrido a gente vai passar para as autoridades policiais para que isso possa servir para as investigações. A gente se restringe a dizer que foram atendidos prontamente a todo o tempo pela equipe do hospital, esse complemento psicológico, clínico e eles foram liberados com segurança para a casa”, diz o psiquiatra Luis Felipe Jardim.
O governo de Santa Catarina decretou luto oficial de três dias. Pelas redes sociais, o governador, Jorginho Mello, lamentou o acidente.
“Vamos verificar os desdobramentos, o que aconteceu e por que aconteceu”, afirmou o governador de Santa Catarina Jorginho Mello.
O presidente Lula também se solidarizou com as famílias das vítimas.
O pedreiro Deoclides Scheffer Valen mora perto do local do acidente. Ele disse que ouviu gritos e percebeu uma pessoa caindo do balão.
“Eu vi a guria se jogando. Ela caiu uns 15 metros na minha frente. Daqui de casa, uns 600 metros mais ou menos para frente, vi o pessoal em pânico, num berreiro, num berreiro. Gritando ‘me ajuda, socorro’. Aí eu olhei e ele estava pegando fogo”, comenta.
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