
Estreia em Belém circuito nacional de teatro sobre memória e resistência na pandemia
Projeto “Desassossego In Loco” propõe imersão teatral com oficinas, apresentações e rodas de conversa gratuitas na capital paraense Projeto “Desassossego In Loco”
Divulgação
O teatro como espaço de memória, encontro e resistência. Com essa proposta, o grupo Jurubebas de Teatro, de Manaus (AM), desembarca em Belém para a estreia do projeto “Desassossego In Loco”, que será realizado entre os dias 3 e 6 de julho, com oficinas, residências artísticas e apresentações gratuitas no Centro Cultural Atores em Cena, no bairro de Nazaré.
A capital paraense é a primeira parada do circuito que ainda passa por Brasília (DF) e São João de Meriti (RJ).
O espetáculo “Desassossego” é o carro-chefe do projeto. Reconhecida nacionalmente, a peça já circulou por diversos festivais e recebeu sete prêmios. Pelo trabalho, a cia foi indicada como Melhor Grupo de Teatro do Brasil pela Academia de Artes do Teatro, com sede em Aracaju (SE).
“Essa obra é uma homenagem aos mais de 700 mil mortos pela pandemia no país. Para que não se esqueça. Para que nunca mais aconteça”, diz Robert Moura, produtor do projeto.
A iniciativa busca promover a troca de experiências entre artistas da cena contemporânea, com foco na produção teatral periférica e indígena do Norte do país. O projeto é realizado com apoio da Bolsa Funarte de Teatro Myriam Muniz 2023.
Teatro como resposta ao colapso
Com sessões marcadas para os dias 5 e 6 de julho, às 20h, o espetáculo “Desassossego” mergulha nas dores e memórias do colapso sanitário vivido em Manaus, em janeiro de 2021, durante a segunda onda da pandemia de Covid-19, quando faltou oxigênio nos hospitais da cidade. A obra parte das vivências dos próprios artistas, que decidiram atravessar o momento juntos, transformando o luto em criação coletiva.
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Projeto “Desassossego In Loco”
Divulgação
“Todos nós fomos afetados pela pandemia. A gente escolheu não deixar as pessoas esquecerem dos milhares de entes queridos que se foram”, conta o diretor e dramaturgo Felipe Jatobá.
Após as sessões, haverá rodas de conversa com o tema “Representatividade Indígena na Cena Contemporânea”, com mediação da historiadora e liderança indígena Kokama Maurille Gomes.
Projeto “Desassossego In Loco”
Divulgação
Protagonismo indígena
O espetáculo é protagonizado por Leandro Paz, ator, sonoplasta e indígena Kokama. Sua presença em cena fortalece o eixo central do projeto: ocupar espaços com corpos historicamente excluídos das artes cênicas e construir pontes entre os saberes tradicionais e o fazer artístico contemporâneo.
“A gente quer mostrar como nossos corpos encenam suas próprias narrativas, deixando um legado de ocupação nos palcos do Brasil”, afirma Leandro.
Intercâmbio amazônida
Além das apresentações, o grupo promoverá dois dias de oficinas abertas ao público, nos dias 3 e 4 de julho, às 19h, com o tema “Luz, Drama, Auto Ficção”, e uma residência com grupos locais, fomentando trocas entre coletivos atuantes na Amazônia.
Segundo o diretor, a escolha de Belém como ponto de partida do circuito tem valor simbólico. “Amazonas e Pará estão historicamente ligados. Queremos estreitar esse laço também nas artes”, explica Jatobá.
“Há uma lacuna no acesso à produção teatral do Norte do Brasil e nosso desejo é ajudar a abrir portas para outros grupos da região.”
Com oito anos de atuação, o Jurubebas de Teatro desenvolve atividades voltadas a públicos diversos, com destaque para a formação de jovens e adultos em comunidades periféricas de Manaus e oficinas voltadas à população LGBTQIAPN+.
Serviço
Espetáculo “Desassossego”
📍 Centro Cultural Atores em Cena – CCAC (Av. Nª Sra. de Nazaré, 435 – Nazaré)
🗓️ Dias 5 e 6 de julho
⏰ 20h
🎟️ Entrada gratuita
OFICINA: “Luz, Drama, Auto Ficção”
📍 Centro Cultural Atores em Cena – CCAC
🗓️ Dias 3 e 4 de julho
⏰ 19h
🎟️ Gratuita, com vagas limitadas
VÍDEOS com as principais notícias do Pará
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O teatro como espaço de memória, encontro e resistência. Com essa proposta, o grupo Jurubebas de Teatro, de Manaus (AM), desembarca em Belém para a estreia do projeto “Desassossego In Loco”, que será realizado entre os dias 3 e 6 de julho, com oficinas, residências artísticas e apresentações gratuitas no Centro Cultural Atores em Cena, no bairro de Nazaré.
A capital paraense é a primeira parada do circuito que ainda passa por Brasília (DF) e São João de Meriti (RJ).
O espetáculo “Desassossego” é o carro-chefe do projeto. Reconhecida nacionalmente, a peça já circulou por diversos festivais e recebeu sete prêmios. Pelo trabalho, a cia foi indicada como Melhor Grupo de Teatro do Brasil pela Academia de Artes do Teatro, com sede em Aracaju (SE).
“Essa obra é uma homenagem aos mais de 700 mil mortos pela pandemia no país. Para que não se esqueça. Para que nunca mais aconteça”, diz Robert Moura, produtor do projeto.
A iniciativa busca promover a troca de experiências entre artistas da cena contemporânea, com foco na produção teatral periférica e indígena do Norte do país. O projeto é realizado com apoio da Bolsa Funarte de Teatro Myriam Muniz 2023.
Teatro como resposta ao colapso
Com sessões marcadas para os dias 5 e 6 de julho, às 20h, o espetáculo “Desassossego” mergulha nas dores e memórias do colapso sanitário vivido em Manaus, em janeiro de 2021, durante a segunda onda da pandemia de Covid-19, quando faltou oxigênio nos hospitais da cidade. A obra parte das vivências dos próprios artistas, que decidiram atravessar o momento juntos, transformando o luto em criação coletiva.
Covid-19: Manaus vive colapso com hospitais sem oxigênio, doentes levados a outros estados, cemitérios sem vagas e toque de recolher
Médicos e familiares de pacientes descrevem colapso com falta de oxigênio em Manaus; leia relatos
Projeto “Desassossego In Loco”
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“Todos nós fomos afetados pela pandemia. A gente escolheu não deixar as pessoas esquecerem dos milhares de entes queridos que se foram”, conta o diretor e dramaturgo Felipe Jatobá.
Após as sessões, haverá rodas de conversa com o tema “Representatividade Indígena na Cena Contemporânea”, com mediação da historiadora e liderança indígena Kokama Maurille Gomes.
Projeto “Desassossego In Loco”
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Protagonismo indígena
O espetáculo é protagonizado por Leandro Paz, ator, sonoplasta e indígena Kokama. Sua presença em cena fortalece o eixo central do projeto: ocupar espaços com corpos historicamente excluídos das artes cênicas e construir pontes entre os saberes tradicionais e o fazer artístico contemporâneo.
“A gente quer mostrar como nossos corpos encenam suas próprias narrativas, deixando um legado de ocupação nos palcos do Brasil”, afirma Leandro.
Intercâmbio amazônida
Além das apresentações, o grupo promoverá dois dias de oficinas abertas ao público, nos dias 3 e 4 de julho, às 19h, com o tema “Luz, Drama, Auto Ficção”, e uma residência com grupos locais, fomentando trocas entre coletivos atuantes na Amazônia.
Segundo o diretor, a escolha de Belém como ponto de partida do circuito tem valor simbólico. “Amazonas e Pará estão historicamente ligados. Queremos estreitar esse laço também nas artes”, explica Jatobá.
“Há uma lacuna no acesso à produção teatral do Norte do Brasil e nosso desejo é ajudar a abrir portas para outros grupos da região.”
Com oito anos de atuação, o Jurubebas de Teatro desenvolve atividades voltadas a públicos diversos, com destaque para a formação de jovens e adultos em comunidades periféricas de Manaus e oficinas voltadas à população LGBTQIAPN+.
Serviço
Espetáculo “Desassossego”
📍 Centro Cultural Atores em Cena – CCAC (Av. Nª Sra. de Nazaré, 435 – Nazaré)
🗓️ Dias 5 e 6 de julho
⏰ 20h
🎟️ Entrada gratuita
OFICINA: “Luz, Drama, Auto Ficção”
📍 Centro Cultural Atores em Cena – CCAC
🗓️ Dias 3 e 4 de julho
⏰ 19h
🎟️ Gratuita, com vagas limitadas
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