‘Ele é um milagre’: mãe relembra afogamento do filho que ficou 10 minutos submerso em piscina no interior de SP
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‘Ele é um milagre’: mãe relembra afogamento do filho que ficou 10 minutos submerso em piscina no interior de SP

Ravi completou 2 anos nesta terça-feira (24), menos de um mês após ficar cerca de 10 minutos submerso em uma piscina, em Itapetininga (SP). Pequeno Ravi é considerado um milagre após ser vítima de afogamento em Itapetininga (SP)
Arquivo pessoal/Nathalia Araújo
O menino de 2 anos que ficou cerca de 10 minutos submerso em uma piscina em Itapetininga (SP) sobreviveu ao afogamento e, menos de um mês depois, comemorou o aniversário. A mãe, Nathalia Araújo, relembrou o susto e afirmou: “Ele é um milagre”.
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O acidente aconteceu no dia 7 de junho, na casa da família. O menino foi encontrado inconsciente na água e levado às pressas ao pronto-socorro. Ele sobreviveu após atendimento de emergência e se recupera bem.
Nas redes sociais, Nathalia escreveu que o filho “nasceu de novo” após o susto. Agora, com o aniversário comemorado nesta terça-feira (24), a família tem ainda mais motivos para comemorar a vida.
“Ele é uma criança extremamente alegre, inteligente, esperto demais, amável, cuidadoso, não existe uma pessoa que conheça ela que fale ao contrário. Ele cuida de mim, mesmo que seja pequeno e um bebê”, declarou a mãe.
“Quando estou nervosa, ele me abraça, me beija, e até mesmo enxuga minhas lágrimas, ele literalmente é um anjinho. Ele é vida, sol e luz na vida das pessoas.”
Ravi comemorou o aniversário de 2 anos do dia 24 de junho, duas semanas após o acidente acontecer
Arquivo pessoal/Nathalia Araújo
O acidente
A mãe também falou sobre o desespero vivido no dia do acidente e reforçou a importância dos cuidados com crianças pequenas perto de piscinas.
“Todo cuidado ainda é muito pouco, nós pais, sempre achamos que nunca vai acontecer, porque eles são pequenos demais e como estamos em cima, mas acontece”, alertou.
“Fiquem em cima, cuidem, amem, porque em um segundo, tudo pode mudar. Pais que tenham piscina, tenham grade, redes, e ainda, sim, se precisar, tranquem as portas. Todo o cuidado ainda é muito pouco”, completou.
Nathalia relembrou que, no dia, Ravi estava com ela no quarto assistindo a um filme. Depois, foi com a avó para a sala. Em seguida, o silêncio preocupou.
“O Ravi estava comigo no quarto, assistindo o filminho que ele gosta até que foi com a minha mãe, ouvi eles conversando, até que tudo ficou quieto.”
A mãe pensou que o pequeno Ravi estivesse dormindo com a avó na sala, enquanto a avó pensou que o menino estivesse com a mãe no quarto. “Estava tudo fechado, desde que nos mudamos, o corredor fica fechado, mas ele pegou um banquinho e pulou a mureta, foi pegar pedrinhas para jogar na piscina”, relembrou.
Avô de Ravi foi quem o encontrou na piscina e realizou as primeiras manobras de socorro com apoio dos bombeiros
Arquivo pessoal/Nathalia Araújo
O avô da criança foi quem encontrou Ravi já submerso. “Meu pai estava lavando a frente da casa e, quando foi fechar a torneira, encontrou o Ravi na piscina, ele ainda fala que pensou: ‘o que é esse bonecão na piscina’, quando ele percebeu que era o Ravi, ele começou a gritar.”
“Quando vi ele estava saindo com o Ravi no colo, gritando e pedindo a Deus pela vida dele, o Ravi estava morto, coração não estava batendo, ele não estava respirando, literalmente morto…”
“Eu nunca senti tanto medo em toda a minha vida, a única coisa que fiz foi ‘cair’ de joelhos perante a Deus e pedi pela vida do meu filho… O Ravi chegou na minha vida em um momento em que eu mais precisei dele. Ele salvou minha vida, diversas vezes, ele cura feridas que nem foi ele que causou e eu não sei viver em um mundo onde ele não esteja comigo.”
Além de Ravi, Nathalia é mãe de Eloisa, de sete anos, e contou que redobrou a atenção com os filhos após o ocorrido.
Resgate e ‘anjos de farda’
Após o avô retirar Ravi da piscina, a avó ligou imediatamente para o Corpo de Bombeiros. Durante o atendimento, os agentes orientaram os primeiros socorros por chamada de vídeo, enquanto a viatura seguia até o local.
“Meu pai fez as manobras e foi quando o Ravi voltou, deu um único suspiro, mas o coração estava batendo e ele respirando com muita dificuldade”, contou Nathalia.
A resposta dos socorristas foi rápida. “Entre a ligação da minha mãe até eles saírem da base, chegar em casa e voltar pra base foi seis minutos. Eles foram uns anjos, pois foram muito rápidos.”
A família afirma que a equipe do Corpo de Bombeiros ajudaram o Ravi de forma rápida
Arquivo pessoal/Nathalia Araújo
Quando os bombeiros chegaram, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) já estava no local e assumiu o atendimento. A equipe conseguiu reanimar o menino e o levou ao hospital, onde uma equipe médica, incluindo pediatras, já aguardava.
No hospital, Ravi sofreu três paradas cardiorrespiratórias. “Eu fiquei com a minha mãe dentro do hospital, esperando uma notícia, e percebemos uma movimentação estranha. O Ravi, que chorava bem fraquinho e baixinho, já não chorava mais.”
“Quando percebemos isso, caímos de joelho ali mesmo no corredor. O Ravi estava tendo as paradas, e eles tentando reanimar pra ele voltar à vida. Os médicos disseram que ele é um milagre, que outras crianças e até mesmo adultos não sobreviveram a afogamentos.”
Segundo Nathalia, foram necessárias cerca de três horas para que a temperatura do corpo voltasse ao normal. A equipe médica informou que seria necessário observar a reação neurológica do menino ao acordar.
Mas a resposta veio de forma inesquecível. “Quando ele acordou, ele me viu e me chamou: ‘mamãe!’”, relembrou. “Naquele momento, eles viram que ele estava bem e que de fato ele ficaria bem. No hospital, o apelidaram de ‘milagre’, e ele ficou conhecido assim.”
Família de Ravi
Arquivo pessoal/Nathalia Araújo
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