
Chanceler do Irã diz que EUA ‘cruzaram linha vermelha’ com ataque a instalações nucleares
Em coletiva neste domingo (22), Araqchi condenou os ataques dos EUA a instalações nucleares e anunciou que se reunirá com Putin em Moscou. Ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi
REUTERS/Dilara Senkaya/File Photo
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, afirmou neste domingo (22) que os Estados Unidos “cruzaram uma linha vermelha muito grande” ao bombardear instalações nucleares iranianas. As declarações foram feitas durante uma coletiva de imprensa em Istambul, na qual o chanceler disse que os ataques representam uma “grave violação da Carta da ONU e do direito internacional” e anunciou que Teerã convocou o Conselho de Segurança da ONU para uma reunião de emergência.
A ofensiva americana ocorreu no sábado (21), quando o presidente dos EUA, Donald Trump, confirmou o bombardeio de três centros nucleares — Fordow, Natanz e Isfahan — em ação coordenada com Israel. Segundo Trump, as instalações foram “completamente destruídas” em uma operação de alta precisão. O Irã reconheceu os ataques e prometeu responder com base em seu direito à defesa nacional.
Araghchi também apelou ao Conselho de Governadores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para que condene formalmente os bombardeios. “Eles traíram a diplomacia, traíram as negociações. É irrelevante pedir ao Irã que retorne à diplomacia”, disse o chanceler, reforçando que Teerã “reserva todas as opções” para proteger sua soberania e segurança nacional.
“O presidente dos Estados Unidos, Trump, traiu não apenas o Irã, mas enganaram sua própria nação”, completou Abbas Araqchi.
Araqchi ainda afirmou que irá para um encontro em Moscou com o presidente russo, Vladimir Putin.
Escalada no conflito
A entrada oficial dos EUA na guerra marca uma escalada dramática nos ataques iniciados em 13 de junho, quando Israel lançou ataques contra alvos nucleares iranianos. O Irã respondeu disparando mísseis contra cidades israelenses como Tel Aviv, Haifa e Jerusalém. Os confrontos já deixaram mais de 240 mortos e milhares de feridos nos dois países.
Segundo especialistas, a ofensiva americana representa um duro golpe ao programa nuclear iraniano. As instalações atingidas estavam protegidas por estruturas subterrâneas, como em Fordow, e exigiram o uso de bombas de alta penetração lançadas por aviões B-2 Spirit e mísseis Tomahawk
A emissora estatal israelense Kan afirmou que o ataque foi feito em “total coordenação” entre Washington e Tel Aviv. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que a operação “vai mudar a história”.
Riscos e impactos globais
Para analistas internacionais, os bombardeios aumentam os riscos de uma escalada regional e podem ter efeitos econômicos globais. O Irã já ameaçou bloquear o Estreito de Ormuz, rota estratégica para o transporte de petróleo, o que poderia provocar uma disparada nos preços do barril no mercado internacional
A comunidade internacional acompanha com preocupação o desenrolar do conflito, temendo novos confrontos e o aumento das baixas civis. Apesar disso, o chanceler iraniano afirmou que, embora a diplomacia deva permanecer como princípio, “este não é o momento para diálogo”.
Com informações da Reuters
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REUTERS/Dilara Senkaya/File Photo
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, afirmou neste domingo (22) que os Estados Unidos “cruzaram uma linha vermelha muito grande” ao bombardear instalações nucleares iranianas. As declarações foram feitas durante uma coletiva de imprensa em Istambul, na qual o chanceler disse que os ataques representam uma “grave violação da Carta da ONU e do direito internacional” e anunciou que Teerã convocou o Conselho de Segurança da ONU para uma reunião de emergência.
A ofensiva americana ocorreu no sábado (21), quando o presidente dos EUA, Donald Trump, confirmou o bombardeio de três centros nucleares — Fordow, Natanz e Isfahan — em ação coordenada com Israel. Segundo Trump, as instalações foram “completamente destruídas” em uma operação de alta precisão. O Irã reconheceu os ataques e prometeu responder com base em seu direito à defesa nacional.
Araghchi também apelou ao Conselho de Governadores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para que condene formalmente os bombardeios. “Eles traíram a diplomacia, traíram as negociações. É irrelevante pedir ao Irã que retorne à diplomacia”, disse o chanceler, reforçando que Teerã “reserva todas as opções” para proteger sua soberania e segurança nacional.
“O presidente dos Estados Unidos, Trump, traiu não apenas o Irã, mas enganaram sua própria nação”, completou Abbas Araqchi.
Araqchi ainda afirmou que irá para um encontro em Moscou com o presidente russo, Vladimir Putin.
Escalada no conflito
A entrada oficial dos EUA na guerra marca uma escalada dramática nos ataques iniciados em 13 de junho, quando Israel lançou ataques contra alvos nucleares iranianos. O Irã respondeu disparando mísseis contra cidades israelenses como Tel Aviv, Haifa e Jerusalém. Os confrontos já deixaram mais de 240 mortos e milhares de feridos nos dois países.
Segundo especialistas, a ofensiva americana representa um duro golpe ao programa nuclear iraniano. As instalações atingidas estavam protegidas por estruturas subterrâneas, como em Fordow, e exigiram o uso de bombas de alta penetração lançadas por aviões B-2 Spirit e mísseis Tomahawk
A emissora estatal israelense Kan afirmou que o ataque foi feito em “total coordenação” entre Washington e Tel Aviv. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que a operação “vai mudar a história”.
Riscos e impactos globais
Para analistas internacionais, os bombardeios aumentam os riscos de uma escalada regional e podem ter efeitos econômicos globais. O Irã já ameaçou bloquear o Estreito de Ormuz, rota estratégica para o transporte de petróleo, o que poderia provocar uma disparada nos preços do barril no mercado internacional
A comunidade internacional acompanha com preocupação o desenrolar do conflito, temendo novos confrontos e o aumento das baixas civis. Apesar disso, o chanceler iraniano afirmou que, embora a diplomacia deva permanecer como princípio, “este não é o momento para diálogo”.
Com informações da Reuters
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