4 mins read
BC confirma parada na alta de juro e diz que é cedo para concluir qual será o impacto da guerra no Irã sobre o petróleo e a economia
Copom subiu a taxa de juros de 14,75% para 15% ao ano na semana passada. Foi o sétimo aumento seguido, que fixou o juro no maior patamar em 20 anos. Também representa o segundo maior juro real do planeta. O Banco Central informou nesta terça-feira (24) que deverá interromper o processo de alta dos juros implementado nos últimos meses, com objetivo de conter pressões inflacionárias, e acrescentou que ainda é cedo para vislumbrar qual o impacto do conflito no Oriente Médio sobre o preço do petróleo e, consequentemente, sobre a economia brasileira.
As informações constam na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada na semana passada, quando a taxa básica de juros da economia subiu de 14,75% para 15% ao ano.
Foi o sétimo aumento seguido, que fixou o juro no maior patamar em 20 anos. Também representa o segundo maior juro real do planeta.
O mercado financeiro acredita que a taxa de juros começará a recuar somente a partir de janeiro de 2026.
“O Comitê comunicou que antecipa uma interrupção no ciclo de elevação de juros para avaliar os impactos acumulados ainda a serem observados da política monetária [definição dos juros para conter a inflação]”, informou o BC, na ata do Copom.
Sobre a guerra no Oriente Médio, com a escalada do conflito com os ataques ao Irã por Israel e, mais recentemente, pelos Estados Unidos, o BC avaliou que “ainda é cedo para concluir qual será a magnitude do impacto sobre a economia doméstica, que, por um lado, parece menos afetada pelas recentes tarifas do que outros países, mas, por outro lado, é impactada por um cenário global adverso”.
Analistas têm apontado possíveis pressões inflacionárias por conta da pressão sobre o preço do petróleo no mercado mundial — que poderia ser repassado aos combustíveis no mercado interno.
“O conflito geopolítico no Oriente Médio e suas possíveis consequências sobre o mercado de petróleo também adicionam incerteza sobre o cenário externo prospectivo. O cenário já tem provocado mudanças nas decisões de investimento e consumo. Ainda é cedo para concluir qual será a magnitude do impacto sobre a economia doméstica, que, por um lado, parece menos afetada pelas recentes tarifas do que outros países, mas, por outro lado, é impactada por um cenário global adverso”, avaliou o Banco Central.
Como o Banco Central atua?
🔎A taxa básica de juros da economia é o principal instrumento do BC para tentar conter as pressões inflacionárias, que tem efeitos, principalmente, sobre a população mais pobre.
Para definir os juros, a instituição atua com base no sistema de metas. Se as projeções estão em linha com as metas, pode baixar os juros. Se estão acima, tende a manter ou subir a Selic.
Ao definir a taxa de juros, o BC olha para o futuro, ou seja, para as projeções de inflação, e não para a variação corrente dos preços, ou seja, dos últimos meses.
Isso ocorre porque as mudanças na taxa Selic demoram de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia.
Neste momento, por exemplo, a instituição já está mirando na meta considerando o segundo semestre de 2026.
Para 2025, 2026, 2027 e 2028, a projeção do mercado para a inflação oficial está em 5,24% (com estouro da meta), 4,5%, 4% e em 3,83%. Ou seja, acima da meta central de 3%, buscada pelo BC.
Desaceleração da economia
O BC tem dito claramente que uma desaceleração, ou seja, um ritmo menor de crescimento da economia, faz parte da estratégia de conter a inflação no país.
▶️Na ata da última reunião do Copom, divulgada em maio, o BC informou que o chamado “hiato do produto” segue positivo.
▶️Isso quer dizer que a economia continua operando acima do seu potencial de crescimento sem pressionar a inflação.
▶️O Banco Central também informou que o juro alto já contribui para desaceleração da atividade e que impacto na geração de empregos deve se aprofundar.
As informações constam na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada na semana passada, quando a taxa básica de juros da economia subiu de 14,75% para 15% ao ano.
Foi o sétimo aumento seguido, que fixou o juro no maior patamar em 20 anos. Também representa o segundo maior juro real do planeta.
O mercado financeiro acredita que a taxa de juros começará a recuar somente a partir de janeiro de 2026.
“O Comitê comunicou que antecipa uma interrupção no ciclo de elevação de juros para avaliar os impactos acumulados ainda a serem observados da política monetária [definição dos juros para conter a inflação]”, informou o BC, na ata do Copom.
Sobre a guerra no Oriente Médio, com a escalada do conflito com os ataques ao Irã por Israel e, mais recentemente, pelos Estados Unidos, o BC avaliou que “ainda é cedo para concluir qual será a magnitude do impacto sobre a economia doméstica, que, por um lado, parece menos afetada pelas recentes tarifas do que outros países, mas, por outro lado, é impactada por um cenário global adverso”.
Analistas têm apontado possíveis pressões inflacionárias por conta da pressão sobre o preço do petróleo no mercado mundial — que poderia ser repassado aos combustíveis no mercado interno.
“O conflito geopolítico no Oriente Médio e suas possíveis consequências sobre o mercado de petróleo também adicionam incerteza sobre o cenário externo prospectivo. O cenário já tem provocado mudanças nas decisões de investimento e consumo. Ainda é cedo para concluir qual será a magnitude do impacto sobre a economia doméstica, que, por um lado, parece menos afetada pelas recentes tarifas do que outros países, mas, por outro lado, é impactada por um cenário global adverso”, avaliou o Banco Central.
Como o Banco Central atua?
🔎A taxa básica de juros da economia é o principal instrumento do BC para tentar conter as pressões inflacionárias, que tem efeitos, principalmente, sobre a população mais pobre.
Para definir os juros, a instituição atua com base no sistema de metas. Se as projeções estão em linha com as metas, pode baixar os juros. Se estão acima, tende a manter ou subir a Selic.
Ao definir a taxa de juros, o BC olha para o futuro, ou seja, para as projeções de inflação, e não para a variação corrente dos preços, ou seja, dos últimos meses.
Isso ocorre porque as mudanças na taxa Selic demoram de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia.
Neste momento, por exemplo, a instituição já está mirando na meta considerando o segundo semestre de 2026.
Para 2025, 2026, 2027 e 2028, a projeção do mercado para a inflação oficial está em 5,24% (com estouro da meta), 4,5%, 4% e em 3,83%. Ou seja, acima da meta central de 3%, buscada pelo BC.
Desaceleração da economia
O BC tem dito claramente que uma desaceleração, ou seja, um ritmo menor de crescimento da economia, faz parte da estratégia de conter a inflação no país.
▶️Na ata da última reunião do Copom, divulgada em maio, o BC informou que o chamado “hiato do produto” segue positivo.
▶️Isso quer dizer que a economia continua operando acima do seu potencial de crescimento sem pressionar a inflação.
▶️O Banco Central também informou que o juro alto já contribui para desaceleração da atividade e que impacto na geração de empregos deve se aprofundar.