Alpinista que resgatou corpo de Juliana Marins conta como foi madrugada: ‘Ficamos na beira de um penhasco’
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Alpinista que resgatou corpo de Juliana Marins conta como foi madrugada: ‘Ficamos na beira de um penhasco’

O homem identificado como Agam, que é alpinista e guia na Indonésia, foi quem alcançou o corpo da jovem e passou madrugada com ela antes que içamento pudesse ser feito. Alpinista mostra equipamentos para resgate de Juliana Marins
O alpinista que alcançou o corpo da Juliana Marins na trilha do Monte Rinjani, na Indonésia, contou como foi a madrugada que passou no desfiladeiro aguardando amanhecer para que o corpo dela pudesse ser içado.
“Passamos a noite à beira de um penhasco de 590 metros com Juliana, usando âncoras para não descer mais 300 metros”, afirmou o homem identificado como Agam.
Ele e outro guia, identificado como Tyo, foram voluntários na equipe de resgate. Eles são alpinistas experientes e guias no Monte Rinjani.
Agam alcançou o ponto onde o corpo estava quando o dia já tinha escurecido. Então, ele passou a madrugada segurando a vítima no local para que o corpo dela não escorregasse mais.
Antes, ele tinha postado vídeos do local onde eles estavam acampados antes da operação de resgate. No vídeo postado por ele dá para notar que visibilidade no local é ruim. A trilha é muito escura e ele está com lanternas.
Ele mostra cordas, capacetes, uma maca e outros equipamentos. O vídeo foi postado pouco mais de meia-noite do horário local.
Agam também mostra outra barraca no acampamento e mantimentos como água.
Alpinista mostra trilha na Indonésia
Redes sociais
O Parque Nacional do Monte Rinjani fica na Ilha de Lombok, na Província de Sonda Ocidental, e o fuso horário local está 11 horas à frente de Brasília. Às 5h desta segunda, meio da tarde na Indonésia, a família tinha dito que as buscas haviam sido novamente interrompidas, 3 dias depois do acidente, e que não havia informações sobre como a niteroiense está.
“Às 16h do horário local [5h em Brasília], o resgate foi interrompido por condições climáticas. Mas antes já havia sido dito que eles parariam ao entardecer por não operarem à noite.”
Mapa mostra onde Juliana caiu’
Reprodução/TV Globo
Nas redes sociais, Agam disse que só para a operação de resgate quando alcançarem a jovem.
O ponto onde Juliana foi localizada parece estar entre 500 e 600 metros abaixo no desfiladeiro.
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Mapa mostra onde Juliana caiu
Infografia: Dhara Pereira/g1
Críticas
O perfil criado pela irmã de Juliana para dar informações sobre o caso fez críticas às autoridades da Indonésia.
“O parque segue com a sua atividade normalmente, turistas continuam fazendo a trilha, enquanto Juliana está precisando de socorro! Nós não sabemos o estado de saúde dela! Ela segue sem água, comida e agasalhos! Juliana vai passar mais uma noite sem resgate por negligência!”, escreveu.
Aparentemente é padrão nessa época do ano que o clima se comporte dessa forma, eles têm ciência disso e não agilizam o processo de resgate! Lento, sem planejamento, competência e estrutura!”
O resgate havia sido suspenso neste domingo (22) também por causa das condições climáticas difíceis, com muita neblina.
A irmã de Juliana, Mariana, disse em entrevista ao Fantástico que ainda tem esperança de que ela seja encontrada.
Desde fevereiro, ela fazia um mochilão pela Ásia, tendo passado por Filipinas, Vietnã e Tailândia antes de chegar à Indonésia.
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Redes sociais
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Em uma postagem nas redes sociais, Mariana deu detalhes sobre a queda da irmã na trilha. Segundo ela, Juliana saiu com um grupo de 5 pessoas e um guia local. O grupo já estava em seu 2º dia de trilha, quando Juliana disse que estava cansada para continuar.
“O guia falou: ‘então descansa’ e seguiu viagem. A gente tinha recebido a informação que o guia tinha ficado com ela, que ela tinha tropeçado e caído. Não foi isso que aconteceu”.
“O guia só seguiu viagem para chegar até o cume. A gente só tem essas informações de mídia local. Juliana ficou desesperada porque ninguém mais voltou e caiu. Abandonaram Juliana”, disse Mariana.

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