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Alcolumbre e Motta cometem grande erro, diz líder do PT sobre votação da derrubada do decreto do IOF

Lindbergh Farias diz que governo foi surpreendido sobre a votação, que deve acontecer nessa quarta-feira (25). Líder do PT na Câmara dos deputados disse que soube de votação pelas redes sociais. O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), criticou duramente a condução da votação que pode derrubar o decreto do governo federal sobre a alíquota do IOF. Segundo ele, a iniciativa de pautar o tema sem passar pelo colégio de líderes surpreendeu o Planalto e representa um “grande erro” por parte do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
“É um estrangulamento do governo Lula. A derrubada do decreto significa contingenciar mais R$ 12 bilhões, além dos R$ 30 bilhões já contingenciados. Vai cortar da saúde, da educação, do Minha Casa Minha Vida”, afirmou o deputado.
‘Fomos surpreendidosr’, diz Lindbergh
Lindbergh contou que o governo havia fechado um acordo com líderes partidários no domingo (22) e que não esperava a mudança de posição.
“Hugo Motta foi apoiado por nós. Um dos compromissos era submeter temas ao colégio de líderes antes do plenário. Ontem à noite, a mudança foi anunciada pelo Twitter”, disse o petista.
Segundo o deputado, Gleisi Hoffmann (presidente do PT) e outros integrantes do governo tentaram falar com Motta e Alcolumbre para reverter a pauta, mas não conseguiram. “A ministra Gleisi tentou falar com ele. Ninguém conseguiu”, afirmou.
Pressão do setor financeiro e reação política
O líder do PT atribui a decisão a pressões de setores econômicos, especialmente bancos, fintechs e empresas de planos de saúde. Ele também mencionou ressentimentos no Congresso após a derrubada dos vetos aos “offshores” e conflitos por emendas parlamentares.
“Os muito ricos não querem pagar imposto. Falam em ajuste fiscal só quando é para o povo. Mas não querem abrir mão de privilégios”, afirmou.
‘Não podemos antecipar 2026’
Lindbergh avalia que há uma tentativa de parte do Congresso de antecipar a disputa eleitoral de 2026.
“Tem gente aqui que quer antecipar 2026. Querem garrotear o orçamento do Lula. O Haddad está certo em tentar cortar desonerações bilionárias”, disse.
Apesar das críticas, Lindbergh evitou dizer que Hugo Motta atua como oposição, mas reforçou que a atitude fragiliza a governabilidade.

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