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Ministro israelense diz que seu país estava disposto a matar líder supremo iraniano

O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, disse que as Forças de Israel estavam preparadas para matar o líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, caso a oportunidade surgisse durante o conflito de 12 dias com o Irã.
“Se estivesse em nossa mira, teríamos o eliminado”, disse Katz à rádio estatal israelense Kan na noite de quinta-feira, acrescentando que o Exército o “procurou intensamente”.
“Khamenei entendeu isso, foi para o subsolo e cortou o contato com os comandantes”, disse Katz, acrescentando que não foi possível alcançar o objetivo.
Katz fez comentários semelhantes em duas emissoras de televisão israelenses, o Channel 12 e o Channel 13.
Durante a guerra, Katz declarou que seu país não poderia “permitir” que Khamenei continuasse existindo.
Porém, afirmou ao Channel 13 que Israel não pretende mais matá-lo porque “há uma diferença entre antes e depois do cessar-fogo”.
No entanto, aconselhou o iraniano a permanecer no bunker. “Ele deveria se inspirar no falecido (Hassan) Nasrallah, que permaneceu em um bunker por muito tempo. Recomendo que faça o mesmo”, referiu-se ao ex-líder do Hezbollah libanês pró-Irã, morto em um ataque a Beirute em setembro de 2024.
Katz afirmou que seu país mantém a superioridade aérea sobre o Irã e está pronto para atacar novamente, se necessário.
“Não permitiremos que o Irã desenvolva armas nucleares e ameace Israel com mísseis de longo alcance”, disse ao Channel 12.
Katz admitiu que Israel não sabia a localização dos estoques de urânio enriquecido do Irã, mas afirmou que os ataques às instalações nucleares destruíram as capacidades de enriquecimento de Teerã.
“O material em si não estava programado para ser neutralizado”, disse ao Channel 12.
“Neutralizamos as capacidades nucleares e de desenvolvimento de mísseis do Irã e destruímos todas as fábricas de mísseis”, acrescentou.
Em tese, o Irã precisaria de “muitos anos” para reconstruir suas capacidades, “mas não permitiremos isso”, afirmou.
Israel lançou um ataque sem precedentes contra o Irã em 13 de junho, desencadeando uma guerra interrompida após 12 dias por um cessar-fogo anunciado pelo presidente americano, Donald Trump, cujo país também participou da campanha militar.
Os Estados Unidos e Israel afirmaram que seu objetivo era interromper o programa nuclear iraniano, que, segundo potências ocidentais, busca desenvolver uma bomba atômica, apesar de Teerã garantir que se destina a fins civis.

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