
Biografia de Arlindo Cruz revela plano de álbum com músicas de Caetano Veloso e produção de Maria Bethânia
Arlindo Cruz (à direita) já tinha arquitetado álbum com músicas de Caetano Veloso quando sofreu AVC em março de 2017
Cristina Granato / Divulgação
♫ NOTÍCIA
♪ Se um AVC hemorrágico hipertensivo não tivesse tirado Arlindo Cruz de cena, por volta das 11h de 17 de março de 2017, o disco em que Xande de Pilares canta Caetano Veloso não seria o primeiro tributo fonográfico de um sambista carioca ao compositor baiano.
Na recém-lançada biografia de Arlindo Cruz, O sambista perfeito, o escritor e produtor musical Marcos Salles revela que Arlindo tinha plano de gravar um álbum com músicas de Caetano e que chegou a convidar Maria Bethânia para produzir o disco pelo selo da artista, Quitanda.
Quem revela esse plano no livro é a própria Bethânia, irmã de Caetano, em depoimento a Marcos Salles, autor do livro publicado pela editora Malê.
Com a palavra, Bethânia: “A última vez que tive uma conversa longa com Arlindo foi durante a turnê que fizemos pelo Prêmio da Música Brasileira, em 2015. Ele foi ao meu camarim e conversou profundamente comigo porque estava preparando um disco e queria que eu produzisse na Quitanda, meu selo, (esse disco) com canções de Caetano. Era uma obra-prima que ele estava criando e tudo que ele me mostrou era deslumbrante. (Era) uma visão dele sobre a obra de Caetano”.
Bethânia revela ter ficado triste quando soube que o projeto do disco teve que ser forçosamente abortado por conta das sequelas que impediram Arlindo de retomar a carreira após o AVC. “Me doeu muito não poder fazer porque (esse disco) era uma das coisas que eu mais queria que a Quitanda fizesse. Seria um registro muito forte do Rio de Janeiro com a Bahia, o melhor do samba do Rio com o samba baiano santamarense”, vislumbra a cantora.
O repertório do tributo fonográfico de Arlindo Cruz a Caetano Veloso já estava delineado. Músicas como Irene (1969), Reconvexo (1989) e Desde que o samba é samba (1993) já tinham lugar garantido no álbum.
O disco reforçaria os laços de Arlindo com Caetano cinco anos após a participação do cantor no álbum ao vivo e DVD Batuques do meu lugar, gravados por Arlindo em 6 de junho de 2012 no Terreirão do Samba, espaço de shows do Centro da cidade do Rio de Janeiro (RJ), e lançados naquele mesmo ano de 2012.
Caetano foi o convidado de Arlindo no canto do samba Trilha do amor (Xande de Pilares, André Renato e Gilson Bernini, 2012), lançado pelo Grupo Revelação naquele mesmo ano.
Capa do livro ‘O sambista perfeito – Arlindo Cruz’, de Marcos Salles
Eduardo Figueiredo
Cristina Granato / Divulgação
♫ NOTÍCIA
♪ Se um AVC hemorrágico hipertensivo não tivesse tirado Arlindo Cruz de cena, por volta das 11h de 17 de março de 2017, o disco em que Xande de Pilares canta Caetano Veloso não seria o primeiro tributo fonográfico de um sambista carioca ao compositor baiano.
Na recém-lançada biografia de Arlindo Cruz, O sambista perfeito, o escritor e produtor musical Marcos Salles revela que Arlindo tinha plano de gravar um álbum com músicas de Caetano e que chegou a convidar Maria Bethânia para produzir o disco pelo selo da artista, Quitanda.
Quem revela esse plano no livro é a própria Bethânia, irmã de Caetano, em depoimento a Marcos Salles, autor do livro publicado pela editora Malê.
Com a palavra, Bethânia: “A última vez que tive uma conversa longa com Arlindo foi durante a turnê que fizemos pelo Prêmio da Música Brasileira, em 2015. Ele foi ao meu camarim e conversou profundamente comigo porque estava preparando um disco e queria que eu produzisse na Quitanda, meu selo, (esse disco) com canções de Caetano. Era uma obra-prima que ele estava criando e tudo que ele me mostrou era deslumbrante. (Era) uma visão dele sobre a obra de Caetano”.
Bethânia revela ter ficado triste quando soube que o projeto do disco teve que ser forçosamente abortado por conta das sequelas que impediram Arlindo de retomar a carreira após o AVC. “Me doeu muito não poder fazer porque (esse disco) era uma das coisas que eu mais queria que a Quitanda fizesse. Seria um registro muito forte do Rio de Janeiro com a Bahia, o melhor do samba do Rio com o samba baiano santamarense”, vislumbra a cantora.
O repertório do tributo fonográfico de Arlindo Cruz a Caetano Veloso já estava delineado. Músicas como Irene (1969), Reconvexo (1989) e Desde que o samba é samba (1993) já tinham lugar garantido no álbum.
O disco reforçaria os laços de Arlindo com Caetano cinco anos após a participação do cantor no álbum ao vivo e DVD Batuques do meu lugar, gravados por Arlindo em 6 de junho de 2012 no Terreirão do Samba, espaço de shows do Centro da cidade do Rio de Janeiro (RJ), e lançados naquele mesmo ano de 2012.
Caetano foi o convidado de Arlindo no canto do samba Trilha do amor (Xande de Pilares, André Renato e Gilson Bernini, 2012), lançado pelo Grupo Revelação naquele mesmo ano.
Capa do livro ‘O sambista perfeito – Arlindo Cruz’, de Marcos Salles
Eduardo Figueiredo