
Alunos de Jaú desenvolvem projeto para enfrentamento de crise hídrica: ‘Modelo para outras instituições’
Alunos da Escola Técnica Estadual (Etec) Prof. Urias Ferreira e a Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) de Jaú (SP) elaboraram projeto para captação da água da chuva, conservação ambiental, produção sustentável e melhoria da qualidade de vida. Alunos desenvolvem projeto para enfrentamento da crise hídrica: ‘Modelo para outras instituições’
Agência SP/reprodução
Em 2024, o Brasil enfrentou uma seca histórica de Norte a Sul, quando diversos municípios sofreram com a falta de água, queimadas e seus impactos. Segundo o Relatório Anual do Fogo (RAF) do MapBiomas, divulgado nesta terça-feira (24) , 30 milhões de hectares foram queimados, uma área 62% maior que a média histórica de 18,5 milhões de hectares devastados por ano.
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Na região de Bauru (SP), o cenário não foi diferente. A lagoa de captação do Rio Batalha, responsável pelo abastecimento de 40 mil habitantes da cidade, atingiu o menor nível dos últimos 10 anos, registrando 1,08 m, quando seu nível ideal é de 3,20 m. Confira abaixo uma reportagem a respeito do abastecimento.
O racionamento de água no município passou os 6 meses e a cidade, diante das vulnerabilidades, tornou-se o laboratório perfeito para o Projeto Soluções Integradas de Água para Cidades Resilientes (Sacre).
Pensando nisso, os alunos da Escola Técnica Estadual (Etec) Prof. Urias Ferreira e a Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) de Jaú (SP) elaboraram projeto para captação da água da chuva, conservação ambiental, produção sustentável e melhoria da qualidade de vida de toda a região.
Pesquisadores se dedicam ao estudo da gestão hídrica do abastecimento de água em Bauru
🌧️ Captação da água da chuva
Na Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) Jahu, um dos projetos é a elaboração de uma metodologia replicável de captação de água de chuva, que busca otimizar o uso do recurso para fins não potáveis, como irrigação, limpeza e combate a incêndios.
“Sempre trabalhei com soluções baseadas na natureza. Ao unir educação, tecnologia e sustentabilidade, criamos algo que pode ser implementado em qualquer unidade do CPS”, explica a professora do curso de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Valéria Lopes Rodrigues, idealizadora da proposta.
A ideia usa drones, softwares especializados e estações hidrometeorológicas para mapear áreas de captação e desenhar sistemas eficientes, analisando também a viabilidade econômica e ambiental. O objetivo é criar um manual técnico de replicação, fortalecendo a resiliência hídrica de escolas e comunidades.
Para Ivan Lucas de Paula, aluno do curso e monitor no projeto, a iniciativa representa mais do que economia de recursos. “A importância dessa pesquisa, na minha concepção, é muito grande porque, além de contribuir para a redução do uso da água potável, traz questões de educação ambiental. A iniciativa serve de modelo também para outras instituições”, afirma.
Alunos desenvolvem projeto para enfrentamento da crise hídrica em Jaú (SP): ‘Modelo para outras instituições’
Agência SP/reprodução
🌳 Restauração de áreas degradadas
Também na Fatec Jahu, o professor Jozrael Henriques Rezende lidera o projeto ‘Florestas Multifuncionais para a Recuperação de Passivos de Reserva Legal na Paisagem Rural Paulista’, que propõe restaurar áreas degradadas por meio do plantio de espécies nativas da Mata Atlântica e do Cerrado.
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Segundo Relatório Anual do Fogo (RAF), o Cerrado é o bioma com maior recorrência de fogo: 3,7 milhões de hectares queimaram mais de 16 vezes em 40 anos e, na Mata Atlântica, 28,9% da extensão queimada neste período eram de pastagem e 11,4% de agricultura.
“A ideia é desenvolver modelos de florestas que sejam capazes de produzir conservando ou de conservar produzindo”, explica o professor.
O projeto viabilizou a implantação de um sistema experimental que associa linhas de conservação da biodiversidade com linhas de produção. Mais de 2 mil árvores já foram plantadas, incluindo espécies com alto potencial econômico, como baru, pitanga, grumixama e macaúba.
Além dessa iniciativa, o professor Jozrael coordena a pesquisa Floresta nas Paisagens Rurais e Urbanas, que une duas frentes de atuação. No meio rural, ele estuda o uso sustentável de espécies nativas em reservas legais e áreas de baixa aptidão agrícola e, no contexto urbano, investiga modelos de arborização e áreas verdes como soluções baseadas na natureza.
“Nosso objetivo é contribuir com soluções capazes de conciliar produção, qualidade de vida e conservação da biodiversidade, o que é, sem dúvida, um dos maiores desafios da comunidade científica hoje”, conclui o professor.
👨🏻🌾 Adubação portátil
Na Etec Prof. Urias Ferreira de Jaú (SP), os alunos do curso técnico em Agropecuária, sob orientação das professoras Juliana Santos e Maria Angélica Berchol da Silva Travessa, criaram uma mochila de adubação portátil e de baixo custo, voltada a pequenos produtores.
O equipamento desenvolvido pelos alunos Alec Gabriel Oliveira Mendes, Ana Letícia Casadio Souza e Nícolas Corrêa Berthelli Batista Jugeick facilita o trato cultural em áreas agrícolas reduzidas e foi pensado como alternativa viável para produtores que não têm acesso a maquinário caro.
“Observamos em aula prática a dificuldade de aplicar adubo em pequenas áreas. A partir daí, reaproveitamos materiais simples como canos de PVC e mochilas de napa para criar um aplicador funcional”, explica Juliana.
O projeto foi destaque na 15ª edição da Feira Tecnológica do Centro Paula Souza (Feteps), onde recebeu o Prêmio Mackenzie Jovem Empreendedor.
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Agência SP/reprodução
Em 2024, o Brasil enfrentou uma seca histórica de Norte a Sul, quando diversos municípios sofreram com a falta de água, queimadas e seus impactos. Segundo o Relatório Anual do Fogo (RAF) do MapBiomas, divulgado nesta terça-feira (24) , 30 milhões de hectares foram queimados, uma área 62% maior que a média histórica de 18,5 milhões de hectares devastados por ano.
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Na região de Bauru (SP), o cenário não foi diferente. A lagoa de captação do Rio Batalha, responsável pelo abastecimento de 40 mil habitantes da cidade, atingiu o menor nível dos últimos 10 anos, registrando 1,08 m, quando seu nível ideal é de 3,20 m. Confira abaixo uma reportagem a respeito do abastecimento.
O racionamento de água no município passou os 6 meses e a cidade, diante das vulnerabilidades, tornou-se o laboratório perfeito para o Projeto Soluções Integradas de Água para Cidades Resilientes (Sacre).
Pensando nisso, os alunos da Escola Técnica Estadual (Etec) Prof. Urias Ferreira e a Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) de Jaú (SP) elaboraram projeto para captação da água da chuva, conservação ambiental, produção sustentável e melhoria da qualidade de vida de toda a região.
Pesquisadores se dedicam ao estudo da gestão hídrica do abastecimento de água em Bauru
🌧️ Captação da água da chuva
Na Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) Jahu, um dos projetos é a elaboração de uma metodologia replicável de captação de água de chuva, que busca otimizar o uso do recurso para fins não potáveis, como irrigação, limpeza e combate a incêndios.
“Sempre trabalhei com soluções baseadas na natureza. Ao unir educação, tecnologia e sustentabilidade, criamos algo que pode ser implementado em qualquer unidade do CPS”, explica a professora do curso de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Valéria Lopes Rodrigues, idealizadora da proposta.
A ideia usa drones, softwares especializados e estações hidrometeorológicas para mapear áreas de captação e desenhar sistemas eficientes, analisando também a viabilidade econômica e ambiental. O objetivo é criar um manual técnico de replicação, fortalecendo a resiliência hídrica de escolas e comunidades.
Para Ivan Lucas de Paula, aluno do curso e monitor no projeto, a iniciativa representa mais do que economia de recursos. “A importância dessa pesquisa, na minha concepção, é muito grande porque, além de contribuir para a redução do uso da água potável, traz questões de educação ambiental. A iniciativa serve de modelo também para outras instituições”, afirma.
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Também na Fatec Jahu, o professor Jozrael Henriques Rezende lidera o projeto ‘Florestas Multifuncionais para a Recuperação de Passivos de Reserva Legal na Paisagem Rural Paulista’, que propõe restaurar áreas degradadas por meio do plantio de espécies nativas da Mata Atlântica e do Cerrado.
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“A ideia é desenvolver modelos de florestas que sejam capazes de produzir conservando ou de conservar produzindo”, explica o professor.
O projeto viabilizou a implantação de um sistema experimental que associa linhas de conservação da biodiversidade com linhas de produção. Mais de 2 mil árvores já foram plantadas, incluindo espécies com alto potencial econômico, como baru, pitanga, grumixama e macaúba.
Além dessa iniciativa, o professor Jozrael coordena a pesquisa Floresta nas Paisagens Rurais e Urbanas, que une duas frentes de atuação. No meio rural, ele estuda o uso sustentável de espécies nativas em reservas legais e áreas de baixa aptidão agrícola e, no contexto urbano, investiga modelos de arborização e áreas verdes como soluções baseadas na natureza.
“Nosso objetivo é contribuir com soluções capazes de conciliar produção, qualidade de vida e conservação da biodiversidade, o que é, sem dúvida, um dos maiores desafios da comunidade científica hoje”, conclui o professor.
👨🏻🌾 Adubação portátil
Na Etec Prof. Urias Ferreira de Jaú (SP), os alunos do curso técnico em Agropecuária, sob orientação das professoras Juliana Santos e Maria Angélica Berchol da Silva Travessa, criaram uma mochila de adubação portátil e de baixo custo, voltada a pequenos produtores.
O equipamento desenvolvido pelos alunos Alec Gabriel Oliveira Mendes, Ana Letícia Casadio Souza e Nícolas Corrêa Berthelli Batista Jugeick facilita o trato cultural em áreas agrícolas reduzidas e foi pensado como alternativa viável para produtores que não têm acesso a maquinário caro.
“Observamos em aula prática a dificuldade de aplicar adubo em pequenas áreas. A partir daí, reaproveitamos materiais simples como canos de PVC e mochilas de napa para criar um aplicador funcional”, explica Juliana.
O projeto foi destaque na 15ª edição da Feira Tecnológica do Centro Paula Souza (Feteps), onde recebeu o Prêmio Mackenzie Jovem Empreendedor.
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