Spray de pimenta usado por médica para atacar família em igreja tem venda proibida no Brasil, diz GCM
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Spray de pimenta usado por médica para atacar família em igreja tem venda proibida no Brasil, diz GCM

Ataque feito por uma médica de 41 anos ocorreu durante missa na Catedral Nossa Senhora do Desterro, em Jundiaí (SP). Ela foi presa em flagrante e liberada após a audiência de custódia. Médica que atacou família com jato de spray de pimenta não tinha autorização para ter o item, segundo a Guarda Civil de Jundiaí (SP)
Divulgação
O spray de pimenta usado por uma médica de 41 anos para atacar uma família durante uma missa, em Jundiaí (SP), neste domingo (22), não pode ser vendido no Brasil, de acordo com a Guarda Civil Municipal (GCM). A corporação também informou que a mulher não possuía autorização para usar o item por não fazer parte de forças de segurança. Ela foi presa em flagrante e liberada após a audiência de custódia.
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Conforme apurado pela TV TEM, o ataque aconteceu na Catedral Nossa Senhora do Desterro, durante a missa das 18h30. Livia Maria Ponzoni de Abreu se irritou com o barulho que a filha de um casal, de apenas dois anos, estava fazendo durante a celebração religiosa. Por este motivo, ela usou o spray contra a menina, a mãe e o pai dela. Outros fiéis que estavam na igreja também tiveram mal-estar.
Durante o atendimento da ocorrência, a GCM apreendeu o spray que estava com Livia. Segundo a corporação, não é possível identificar a composição completa do produto, no entanto, há pimenta entre os componentes.
O produto tem a venda proibida no Brasil e seu uso é não é autorizado, portanto, de acordo com a GCM, a suspeita deve ter adquirido o produto por meio de um mercado paralelo.
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Represálias de fiéis
O ataque, que aconteceu na Igreja da Matriz, causou uma crise forte de tosse na criança, com vômitos e irritação nos olhos. A menina teve algumas queimaduras ao redor dos lábios, mas foi medicada e está se recuperando. Os pais dela também caíram no chão após a exposição ao agente químico.
O gás se espalhou pelo local e também provocou mal-estar em outros fiéis. Após a celebração, todos saíram da igreja. A mulher entrou em um carro e sofreu represálias da população, foi agredida por um homem e teve o carro danificado, mas o tumulto foi contido pela Guarda Civil Municipal (GCM).
A médica passou por audiência de custódia na tarde desta segunda-feira e recebeu liberdade provisória, pois cumpriu medidas cautelares, entre elas, o pagamento de uma fiança no valor de 20 salários-mínimos. O caso foi registrado como lesão corporal e é investigado.
Em nota, a Diocese de Jundiaí repudiou o caso e disse que, além de causar tumulto, foi uma “agressão que constitui grave violência contra o espírito de comunhão, respeito e fraternidade” que deveria reinar nos espaços sagrados.
“A Diocese de Jundiaí expressa solidariedade às vítimas do ocorrido e reafirma seu compromisso inegociável com a não violência, a defesa da dignidade humana e a promoção da paz — princípios inalienáveis da fé cristã. Confiamos às autoridades civis a devida apuração dos fatos e a tomada das providências cabíveis, com respeito ao devido processo e à verdade”, diz o documento.
Padre que celebrava missa foi até o carro da suspeita de atacar família com spray de pimenta em Jundiaí (SP)
Pop TV/Reprodução
Ocorrência de ataque com spray de pimenta foi atendida pela Guarda Civil Municipal (GCM) em Jundiaí (SP)
Pop TV/Reprodução
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