Sobreviventes relatam momentos de pânico em queda de balão em SC: ‘A gente viu as pessoas caírem’
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Sobreviventes relatam momentos de pânico em queda de balão em SC: ‘A gente viu as pessoas caírem’

Oito pessoas morreram no acidente; quatro delas carbonizadas e outras quatro na queda. ‘Em torno de dois minutos de voo, eu senti um cheiro de queimado dentro do cesto’, declarou piloto à polícia Balão que pegou fogo decolou de novo após maioria pular do veículo
Vinte turistas estavam a bordo do balão que caiu na manhã de sábado (21) em Praia Grande, no sul de Santa Catarina. O acidente deixou oito mortos e 13 sobreviventes, cinco deles com ferimentos leves. O cenário, que começou como um passeio turístico ao nascer do sol, terminou em tragédia em apenas quatro minutos, segundo a Polícia Civil.
Entre os sobreviventes estão a professora Thayse Elaine Batista, e o seu marido, o gerente de software Marcel Cunha Batista.
“Era um cenário incrível, porque o sol estava nascendo e eram incontáveis os balões no céu. Era lindo.”
Victor Hugo Mondini Correa e Médica veterinária Laís Campos Paes, sobreviventes de incêndio e queda de balão em SC
NSC TV/Divulgação
Outro casal, Victor e Laís, também estavam no balão.
“Ele [piloto] conseguiu descer [o balão] , e ao mesmo tempo, falou: ‘Pessoal, a hora que bater, vocês pulam’. Ou seja, quando o cesto tocasse o chão, era para a gente pular.”
“Eu não entendi que não tinha caído todo mundo, então eu vi que eles estavam ali e eu pensei, deu certo, nos salvamos, né? E aí, quando eu virei, aí eu vi que o balão ainda estava no ar e a gente começou a ver as pessoas caírem.”
A maioria das pessoas não conseguiu sair do cesto quando o balão tocou o solo. No entanto, com a redução de peso, o balão voltou a subir rapidamente, levando quem ainda não havia conseguido sair.
Das oito vítimas, quatro morreram carbonizadas e outras quatro morreram ao se jogar do cesto em movimento.
Cinco dos sobreviventes foram levados ao hospital da cidade com ferimentos leves e já receberam alta. O sentimento entre os que escaparam é de alívio — mas também de profunda tristeza.
Para quem sobreviveu, o sentimento que fica é um misto de alívio e também de dor.
“A gente agradece por estar bem fisicamente, e o que aconteceu com ele [Marcel] também foi leve, em vista do que aconteceu com os outros. Mas temos noção da seriedade, de quão triste e forte isso foi”, disse Thayse.
“Isso não vai sair da cabeça. Não existe essa função de deletar. A gente vai aos poucos organizando a cabeça pra seguir em frente, mas muito triste pelas pessoas que não conseguiram sair”, completou Victor.
A investigação sobre as causas do acidente segue em andamento.

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