‘Fordow se foi’, diz Trump após anunciar ataque contra instalações nucleares do Irã
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‘Fordow se foi’, diz Trump após anunciar ataque contra instalações nucleares do Irã

Donald Trump diz que ataque destruiu instalações nucleares em Fordow, Natanz e Esfahan, e afirma que aviões americanos já deixaram o Irã em segurança. Foto de satélite mostra o complexo de montanhas onde instalações militares de Fordow estariam.
Reuters via BBC
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste sábado (21), por meio de sua rede Truth Social, que “Fordow se foi”, em referência à instalação nuclear iraniana localizada ao sul de Teerã.
A publicação veio logo após Trump anunciar que os EUA realizaram um ataque contra três centros nucleares do Irã.
“Concluímos com muito sucesso nosso ataque aos três locais nucleares no Irã, incluindo Fordow, Natanz e Esfahan”, escreveu Trump.
Post de Trump na Truth Social em que ele afirma: “Fordow se foi”, após anunciar ataque dos EUA a instalações nucleares no Irã.
Truth Social/ Reprodução
Trump disse que uma carga completa de bombas foi lançada sobre Fordow, considerado o principal alvo da ofensiva americana. Ainda de acordo com ele, as aeronaves envolvidas na operação já deixaram o espaço aéreo iraniano e estão retornando em segurança.
“Parabéns aos nossos grandes guerreiros americanos. Não há outro exército no mundo que pudesse ter feito isso. Agora é a hora de paz!”, completou.
A ação militar dos Estados Unidos ocorre após mais de uma semana de confrontos aéreos entre Irã e Israel. Tropas israelenses já haviam anunciado uma ofensiva com o objetivo de neutralizar instalações nucleares iranianas.
Trump diz que ataque destruiu instalações nucleares em Fordow
Truth/ Reprodução
Fordow: por que o programa nuclear do Irã está escondido embaixo de uma montanha?
Em resposta, o Irã lançou mísseis contra cidades como Tel Aviv, Haifa e Jerusalém.
Nos últimos dias, Trump havia dado sinais de que os EUA poderiam se envolver diretamente no conflito, já que o país é um dos principais aliados de Israel na região.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste sábado (21) que o país atacou três instalações nucleares do Irã.
O ataque acontece após uma semana de combates aéreos entre Israel e Irã. Militares israelenses já tinham anunciado uma operação para destruir alvos nucleares iranianos. O Irã retaliou com mísseis contra cidades como Tel Aviv, Haifa e Jerusalém.
“Concluímos com muito sucesso nosso ataque aos três locais nucleares no Irã, incluindo Fordow, Natanz e Esfahan”, afirmou em sua rede Truth Social.
Trump disse que uma carga completa de bombas foi lançada em Fordow, o principal alvo dos EUA e que as aeronaves americanas estão fora do espaço aéreo iraniano e retornando em segurança.
“Parabéns aos nossos grandes guerreiros americanos. Não há outro exército no mundo que pudesse ter feito isso. Agora é a hora de paz! Agradecemos a sua atenção a este assunto”, escreveu.
O Irã ainda não se manifestou sobre os ataques.
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Impacto da entrada dos EUA no conflito
Trump já tinha indicado há alguns dias que os EUA, que apoiam Israel, poderiam se envolver diretamente no conflito.
Especialistas ouvidos pelo g1 apontam que a entrada dos EUA no conflito exporia ainda mais as fragilidades internas do Irã. O professor Gunther Rudzit afirma que o fim do programa nuclear iraniano também é de interesse do governo americano.
“Por mais que o secretário de Defesa não queira se envolver em mais uma guerra no Oriente Médio, não tem como não ajudar o governo israelense a eliminar esse programa nuclear, que há muito tempo representa uma ameaça aos Estados Unidos”, afirma. “O equipamento militar americano está saindo ainda mais valorizado do que antes.”
Para Priscila Caneparo, uma operação militar americana colocaria em xeque o programa nuclear iraniano.
“Os Estados Unidos são os únicos atores competentes que teriam o poder, no cenário internacional, para neutralizar o programa nuclear iraniano, já que possuem artilharia para tanto, diferentemente de Israel”, explica.
Do ponto de vista estratégico, Santoro esclarece que, em um primeiro momento, a motivação central dos EUA no conflito seria interromper o programa nuclear iraniano. Por outro lado, há sinais de que os americanos também pretendem derrubar o regime dos aiatolás.
“Se o regime sobreviver a essa guerra, vai sair muito fragilizado. Existe um descontentamento muito grande da população, que pede por reformas e mudança política”, afirma o professor Maurício Santoro.
Caneparo ressalta que um possível colapso do regime dos aiatolás poderia gerar uma radicalização ainda mais profunda na região e aumentar o risco para Israel e seus aliados.
“Grupos como Hamas, os Houthis e o Hezbollah não são facilmente destruídos porque são ideias. E, a partir do momento em que os EUA se envolvessem nesse conflito diretamente, essas ideias se fortaleceriam dentro da população civil, não apenas no Irã, mas em boa parte do mundo árabe no Oriente Médio”, analisa.

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