
Maus-tratos em crianças com autismo: saiba reconhecer os sinais essenciais
Advogado Ariel de Castro Alves, especialista em Segurança Pública e membro da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente da OAB Nacional, destaca sinais físicos, emocionais e comportamentais que podem indicar situações de violência e negligência infantil. Maus-tratos em crianças com autismo: saiba reconhecer os sinais essenciais
G1/Imagem Ilustrativa
Mudanças de comportamento, sinais no corpo e até problemas de saúde podem indicar que uma criança está sofrendo violência, especialmente aquelas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Ao g1, o advogado Ariel de Castro Alves, especialista em direitos da infância e membro da Comissão da Criança e do Adolescente da OAB Nacional, detalhou os principais sinais a serem observados.
✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Santos no WhatsApp.
O alerta ganha força após um caso registrado em Santos, no litoral de São Paulo, onde três crianças — uma delas com TEA — foram resgatadas pela Polícia Militar em um apartamento com sinais de abandono. Elas estavam em condições precárias de higiene, e uma das vítimas apresentava sinais visíveis de negligência.
Segundo Ariel, crianças com TEA, por apresentarem dificuldades de comunicação e socialização, podem ter mais dificuldade para relatar abusos — o que torna a observação dos sinais ainda mais importante. “Mudanças bruscas de comportamento, lesões como hematomas, escoriações, equimoses e o medo excessivo de adultos são indicadores de alerta”, disse.
Crianças e cães em situação de abandono são resgatados de apartamento no litoral de SP
O especialista alertou também para consequências físicas e emocionais associadas aos maus-tratos. Entre os sintomas possíveis estão depressão, ansiedade, agressividade, alterações no sono e na alimentação, baixa autoestima, episódios de choro repentino e até problemas respiratórios.
Sinais de negligência, como desnutrição, falta de higiene, roupas rasgadas ou sujas, ausência em consultas médicas, retrocessos no desenvolvimento (como voltar a usar fraldas) e atrasos constantes na escola, também devem ser observados.
Sinais
Além disso, feridas sem tratamento ou marcas de agressão, como queimaduras, chineladas e cintadas, são sinais evidentes de violência.
Alves deu exemplos: “A criança que era bastante alegre, risonha, extrovertida, passa a ficar muito introvertida. Surge uma dificuldade de socialização: antes brincava com outras crianças, e de repente para de brincar”. Ele citou que, em casos mais graves, podem surgir comportamentos de automutilação, ideias suicidas ou falas ligadas à dor e à morte.
Para o especialista, identificar os sinais e buscar ajuda é uma responsabilidade coletiva. De acordo com ele, na maioria dos casos, os maus-tratos ocorrem dentro de casa, em um contexto de violência doméstica. “Os pais, mães, responsáveis legais, vizinhos e todas as pessoas que convivem com a família devem observar”.
Leis garantem proteção
O Brasil possui leis específicas que garantem a proteção integral de crianças, como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a Lei Menino Bernardo (nº 13.010/2014) e a Lei Henry Borel (nº 14.344/2022), que estabelecem punições contra a violência doméstica infantil.
“Mudanças bruscas de comportamento, lesões como hematomas, escoriações, equimoses e o medo excessivo de adultos são indicadores de alerta”, listou.
Como denunciar
Disque 100 (anonimamente, em todo o país);
Polícia Militar (190), em casos de urgência;
Conselho Tutelar mais próximo da residência da vítima.
Violência e abuso sexual infantil: saiba como denunciar
VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos
G1/Imagem Ilustrativa
Mudanças de comportamento, sinais no corpo e até problemas de saúde podem indicar que uma criança está sofrendo violência, especialmente aquelas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Ao g1, o advogado Ariel de Castro Alves, especialista em direitos da infância e membro da Comissão da Criança e do Adolescente da OAB Nacional, detalhou os principais sinais a serem observados.
✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Santos no WhatsApp.
O alerta ganha força após um caso registrado em Santos, no litoral de São Paulo, onde três crianças — uma delas com TEA — foram resgatadas pela Polícia Militar em um apartamento com sinais de abandono. Elas estavam em condições precárias de higiene, e uma das vítimas apresentava sinais visíveis de negligência.
Segundo Ariel, crianças com TEA, por apresentarem dificuldades de comunicação e socialização, podem ter mais dificuldade para relatar abusos — o que torna a observação dos sinais ainda mais importante. “Mudanças bruscas de comportamento, lesões como hematomas, escoriações, equimoses e o medo excessivo de adultos são indicadores de alerta”, disse.
Crianças e cães em situação de abandono são resgatados de apartamento no litoral de SP
O especialista alertou também para consequências físicas e emocionais associadas aos maus-tratos. Entre os sintomas possíveis estão depressão, ansiedade, agressividade, alterações no sono e na alimentação, baixa autoestima, episódios de choro repentino e até problemas respiratórios.
Sinais de negligência, como desnutrição, falta de higiene, roupas rasgadas ou sujas, ausência em consultas médicas, retrocessos no desenvolvimento (como voltar a usar fraldas) e atrasos constantes na escola, também devem ser observados.
Sinais
Além disso, feridas sem tratamento ou marcas de agressão, como queimaduras, chineladas e cintadas, são sinais evidentes de violência.
Alves deu exemplos: “A criança que era bastante alegre, risonha, extrovertida, passa a ficar muito introvertida. Surge uma dificuldade de socialização: antes brincava com outras crianças, e de repente para de brincar”. Ele citou que, em casos mais graves, podem surgir comportamentos de automutilação, ideias suicidas ou falas ligadas à dor e à morte.
Para o especialista, identificar os sinais e buscar ajuda é uma responsabilidade coletiva. De acordo com ele, na maioria dos casos, os maus-tratos ocorrem dentro de casa, em um contexto de violência doméstica. “Os pais, mães, responsáveis legais, vizinhos e todas as pessoas que convivem com a família devem observar”.
Leis garantem proteção
O Brasil possui leis específicas que garantem a proteção integral de crianças, como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a Lei Menino Bernardo (nº 13.010/2014) e a Lei Henry Borel (nº 14.344/2022), que estabelecem punições contra a violência doméstica infantil.
“Mudanças bruscas de comportamento, lesões como hematomas, escoriações, equimoses e o medo excessivo de adultos são indicadores de alerta”, listou.
Como denunciar
Disque 100 (anonimamente, em todo o país);
Polícia Militar (190), em casos de urgência;
Conselho Tutelar mais próximo da residência da vítima.
Violência e abuso sexual infantil: saiba como denunciar
VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos