Conflito entre Israel e Irã completa uma semana com novos ataques entre os dois lados
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Conflito entre Israel e Irã completa uma semana com novos ataques entre os dois lados

Nesta quinta-feira (19), pela primeira vez, um hospital israelense foi atingido por um bombardeio iraniano. Em resposta, o ministro da Defesa israelense ordenou o aumento dos ataques ao Irã. Nesta quinta-feira (19), pela primeira vez, um hospital israelense foi atingido por um bombardeio iraniano
Reprodução/TV Globo
O conflito entre Israel e Irã completou uma semana com novos ataques entre os dois lados. Nesta quinta-feira (19), pela primeira vez, um hospital israelense foi atingido.
Em Israel, os mísseis iranianos continuaram enganando as poderosas defesas antiaéreas. Os disparos danificaram prédios residenciais. Arranha-céus e lojas em Tel Aviv também foram severamente danificados. Em todo o país, quase 300 pessoas ficaram feridas.
Na cidade de Beer-Sheva, uma fumaça preta subiu do Centro Médico Universitário de Soroka. Dentro do complexo hospitalar, a destruição deixada por um míssil iraniano.
A polícia israelense distribuiu um vídeo mostrando os danos no interior do hospital, o primeiro de Israel atingido neste conflito. Às pressas, os médicos carregaram pacientes em ônibus e helicópteros depois do ataque.
Muitos relataram o susto e o pânico na hora do bombardeio à maior clínica do sul de Israel. 71 pessoas sofreram ferimentos. A Guarda Revolucionária do Irã afirmou que estava mirando quartéis-generais militares e de inteligência perto do hospital.
Em resposta, o ministro da Defesa israelense ordenou o aumento dos ataques ao Irã e disse que o líder supremo do país, Ali Khamenei, não pode continuar a existir.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu foi até o centro médico e afirmou:
“Os tiranos do Irã pagarão caro”.
Perguntado sobre um possível envolvimento americano no conflito, Netanyahu disse que a decisão cabe ao presidente Donald Trump e que os Estados Unidos já estão ajudando muito.
Na manhã desta quinta-feira, Israel bombardeou instalações nucleares. O porta-voz do Exército Israelense, brigadeiro-general Effie Defrin, disse que caças atacaram um reator na região de Arak.
“Como vocês podem ver na simulação, este é um reator que não é uma infraestrutura ativa, mas tem o potencial de permitir que o regime iraniano produza plutônio enriquecido, usado para criar uma arma nuclear.”
O porta-voz também declarou que os caças tinham atingido instalações em Bushehr, Isfahan e Natanz.
Bushehr é uma usina nuclear do Irã, a única em operação atualmente, localizada na costa do Golfo. Com medo de um acidente das proporções de Chernobyl, durante algumas horas, a Europa entrou em alerta.
Mais tarde, outro porta-voz israelense explicou que a declaração tinha sido um erro. Até agora, a ofensiva israelense matou 263 civis iranianos, segundo a organização não governamental Human Rights Activists. Em Israel, 24 pessoas morreram.
Na política, os presidentes da Rússia e da China conversaram por telefone. De acordo com o Kremlin, os dois líderes condenaram Israel pelos ataques ao Irã. Sem citar os Estados Unidos, Xi Jinping disse que “grandes países” com influência especial na região devem aumentar os esforços para acalmar a situação, e não o oposto.
Os europeus já estão fazendo esforços diplomáticos. Nesta sexta-feira (20), em Genebra, o ministro das Relações Exteriores do Irã se encontra com os ministros da Alemanha, França, Reino Unido e a chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas. Será a primeira reunião formal entre autoridades iranianas e ocidentais desde que Israel começou a atacar o Irã.
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