
Galáxia a 11 mi de anos-luz é mapeada em detalhe por astrônomos do Observatório Europeu do Sul
Cientistas usaram o telescópio VLT no Chile por mais de 50 horas para mapear, com altíssimo detalhe, uma galáxia espiral a 11 milhões de anos-luz e identificar 500 nebulosas planetárias. Imagem divulgada pelo Observatório Europeu do Sul em 17 de junho de 2025 mostra uma imagem detalhada de mil cores da Galáxia do Escultor, capturada com o instrumento MUSE no Very Large Telescope (VLT) do ESO. Uma espiral girando em infinitos tons de rosa, amarelo e laranja.
AFP / OBSERVATÓRIO EUROPEU DO SUL
Uma espiral com infinitos tons de rosa, amarelo e laranja é a imagem que astrônomos do Observatório Europeu do Sul (ESO) divulgaram nesta quarta-feira (18) de uma galáxia distante, a fim de estudar melhor seu funcionamento.
“Galáxias são sistemas incrivelmente complexos que ainda lutamos para entender”, lembra Enrico Congiu em um comunicado do ESO, que liderou um estudo publicado nesta quarta-feira na revista Astronomy & Astrophysics.
Embora sejam extremamente grandes, sua evolução depende de fenômenos que ocorrem em escalas muito menores e envolvem seus elementos constituintes: estrelas, gás e poeira.
Esses elementos emitem cores diferentes, mas as imagens convencionais capturam apenas algumas.
O novo mapa da galáxia do Escultor publicado pelo ESO inclui milhares delas.
Esta galáxia, localizada a 11 milhões de anos-luz de distância, não foi escolhida aleatoriamente. Ela está “próxima o suficiente” para poder “estudar seus elementos constituintes com incrível detalhe” e “é grande o suficiente para que possamos vê-la como um sistema completo”, explica Congiu.
Os pesquisadores a observaram por mais de 50 horas usando o instrumento Multi Unit Spectroscopic Explorer (MUSE) do Very Large Telescope (VLT) no Chile. Eles montaram mais de 100 exposições para cobrir uma área da galáxia com aproximadamente 65.000 anos-luz de largura.
“Podemos dar um zoom para estudar regiões específicas onde as estrelas estão se formando”, mas também “reduzir para estudar a galáxia como um todo”, diz Kathryn Kreckel, da Universidade de Heidelberg (Alemanha), coautora do estudo.
Em uma análise inicial dos dados, a equipe descobriu cerca de 500 nebulosas planetárias na galáxia – regiões de gás e poeira ejetadas por estrelas moribundas semelhantes ao Sol.
“A descoberta de nebulosas planetárias nos permite verificar a distância até a galáxia, informação essencial da qual dependem outros estudos sobre ela”, observa Adam Leroy, professor da Universidade Estadual de Ohio (EUA) e coautor do estudo.
Projetos futuros usando este mapa explorarão como o gás flui, como sua composição muda e como ele forma estrelas por toda a galáxia, diz o ESO.
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“Galáxias são sistemas incrivelmente complexos que ainda lutamos para entender”, lembra Enrico Congiu em um comunicado do ESO, que liderou um estudo publicado nesta quarta-feira na revista Astronomy & Astrophysics.
Embora sejam extremamente grandes, sua evolução depende de fenômenos que ocorrem em escalas muito menores e envolvem seus elementos constituintes: estrelas, gás e poeira.
Esses elementos emitem cores diferentes, mas as imagens convencionais capturam apenas algumas.
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Esta galáxia, localizada a 11 milhões de anos-luz de distância, não foi escolhida aleatoriamente. Ela está “próxima o suficiente” para poder “estudar seus elementos constituintes com incrível detalhe” e “é grande o suficiente para que possamos vê-la como um sistema completo”, explica Congiu.
Os pesquisadores a observaram por mais de 50 horas usando o instrumento Multi Unit Spectroscopic Explorer (MUSE) do Very Large Telescope (VLT) no Chile. Eles montaram mais de 100 exposições para cobrir uma área da galáxia com aproximadamente 65.000 anos-luz de largura.
“Podemos dar um zoom para estudar regiões específicas onde as estrelas estão se formando”, mas também “reduzir para estudar a galáxia como um todo”, diz Kathryn Kreckel, da Universidade de Heidelberg (Alemanha), coautora do estudo.
Em uma análise inicial dos dados, a equipe descobriu cerca de 500 nebulosas planetárias na galáxia – regiões de gás e poeira ejetadas por estrelas moribundas semelhantes ao Sol.
“A descoberta de nebulosas planetárias nos permite verificar a distância até a galáxia, informação essencial da qual dependem outros estudos sobre ela”, observa Adam Leroy, professor da Universidade Estadual de Ohio (EUA) e coautor do estudo.
Projetos futuros usando este mapa explorarão como o gás flui, como sua composição muda e como ele forma estrelas por toda a galáxia, diz o ESO.
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