
Crianças e adolescentes que praticam esporte têm menos chances de desenvolver depressão, ansiedade e dependência química, aponta estudo
As crianças foram acompanhadas aos 5, 8 e 11 anos e os pesquisadores analisaram a prática de atividades, o tempo fora de casa e a participação em times esportivos. Crianças e adolescentes que praticam esporte têm menos chances de desenvolver depressão, ansiedade e dependência química, aponta estudo
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Os benefícios da atividade física não são só para o corpo. Um estudo feito na Suécia acompanhou a rotina de exercícios de mais de 17.000 crianças e adolescentes, dos 5 aos 18 anos, e concluiu que aqueles que praticam esporte têm menos chances de desenvolver depressão, ansiedade e dependência química.
As crianças, nascidas entre 1º de outubro de 1997 e 1º de outubro de 1999 no sudeste da Suécia, foram acompanhadas aos 5, 8 e 11 anos. Os pesquisadores analisaram a prática de atividades, o tempo fora de casa e a participação em times esportivos.
A participação semanal em esportes organizados aos 11 anos de idade foi associada a um risco reduzido de incidência de qualquer condição psiquiátrica pela primeira vez tanto para meninas quanto para meninos.
O estudo fornece evidências de que a atividade física e a participação em esportes organizados podem ter efeitos protetores contra diversas condições psiquiátricas infantis.
O aumento dos transtornos mentais está associado ao aumento dos custos com saúde e ao impacto individual, incluindo um risco aumentado de suicídio.
O estudo destaca que a atividade física reduz a inflamação, aumenta a resiliência ao estresse e também pode ter um efeito positivo na autoestima, o que, por sua vez, pode influenciar os sintomas de doenças mentais.
“Pais precisam ofertar várias atividades às crianças”, defende médico
O professor da Universidade de Illinois (EUA) Pedro Hallal disse em entrevista ao Bem Estar que crianças ativas aprendem melhor, segundo estudos.
“Crianças e jovens ativos têm mais chance de se tornarem adultos ativos. A melhor coisa que os pais podem fazer é ofertar às crianças várias atividades. Nem toda criança gosta de futebol, gosta de vôlei. Algumas vão gostar mais de skate. Outras de lutas, tênis de mesa, surf. O que os pais precisam fazer é ofertar a essas crianças várias atividades até que se encontrem numa delas”, afirma.
Hallal destacou ainda que as pessoas mais ativas têm menos chances de desenvolver obesidade, menos chance de ter com pressão e açúcar altos. Ele disse também que é importante não forçar a criança a fazer uma atividade que ela não goste, porque isso pode trazer prejuízo para ela no futuro.
E uma dica é o pai ou mãe fazer atividades junto com o filho. Isso pode ajudar a criança a manter-se nessa atividade e aumenta a chance de ela seguir com esse hábito.
Resultados estão em consonância com conclusões de estudo anterior, de 2018
Os resultados mostraram que a quantidade diária de atividade física aos 11 anos de idade estava associada a uma redução de 12% no risco para cada hora de atividade física no diagnóstico de qualquer doença psiquiátrica antes dos 18 anos de idade.
O estudo incluiu participantes de todos os níveis socioeconômicos, de diferentes etnias e de grupos minoritários, foi aprovado pelos comitês de ética em pesquisa da Universidade de Linköping e da Universidade de Lund, na Suécia, e foi publicado no British Journal of Sports Medicine. Os participantes do estudo foram acompanhados desde o nascimento e os dados foram coletados até os 25 anos de idade.
Participantes com transtornos do neurodesenvolvimento (autismo e transtorno do déficit de atenção e hiperatividade) foram excluídos do conjunto de dados.
Os resultados estão em consonância com os resultados de outro estudo, de 2018, com 4.861 crianças canadenses de 10 a 11 anos, que demonstraram que a incidência de transtornos psiquiátricos internalizantes e externalizantes foi maior entre crianças menos ativas fisicamente.
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As crianças, nascidas entre 1º de outubro de 1997 e 1º de outubro de 1999 no sudeste da Suécia, foram acompanhadas aos 5, 8 e 11 anos. Os pesquisadores analisaram a prática de atividades, o tempo fora de casa e a participação em times esportivos.
A participação semanal em esportes organizados aos 11 anos de idade foi associada a um risco reduzido de incidência de qualquer condição psiquiátrica pela primeira vez tanto para meninas quanto para meninos.
O estudo fornece evidências de que a atividade física e a participação em esportes organizados podem ter efeitos protetores contra diversas condições psiquiátricas infantis.
O aumento dos transtornos mentais está associado ao aumento dos custos com saúde e ao impacto individual, incluindo um risco aumentado de suicídio.
O estudo destaca que a atividade física reduz a inflamação, aumenta a resiliência ao estresse e também pode ter um efeito positivo na autoestima, o que, por sua vez, pode influenciar os sintomas de doenças mentais.
“Pais precisam ofertar várias atividades às crianças”, defende médico
O professor da Universidade de Illinois (EUA) Pedro Hallal disse em entrevista ao Bem Estar que crianças ativas aprendem melhor, segundo estudos.
“Crianças e jovens ativos têm mais chance de se tornarem adultos ativos. A melhor coisa que os pais podem fazer é ofertar às crianças várias atividades. Nem toda criança gosta de futebol, gosta de vôlei. Algumas vão gostar mais de skate. Outras de lutas, tênis de mesa, surf. O que os pais precisam fazer é ofertar a essas crianças várias atividades até que se encontrem numa delas”, afirma.
Hallal destacou ainda que as pessoas mais ativas têm menos chances de desenvolver obesidade, menos chance de ter com pressão e açúcar altos. Ele disse também que é importante não forçar a criança a fazer uma atividade que ela não goste, porque isso pode trazer prejuízo para ela no futuro.
E uma dica é o pai ou mãe fazer atividades junto com o filho. Isso pode ajudar a criança a manter-se nessa atividade e aumenta a chance de ela seguir com esse hábito.
Resultados estão em consonância com conclusões de estudo anterior, de 2018
Os resultados mostraram que a quantidade diária de atividade física aos 11 anos de idade estava associada a uma redução de 12% no risco para cada hora de atividade física no diagnóstico de qualquer doença psiquiátrica antes dos 18 anos de idade.
O estudo incluiu participantes de todos os níveis socioeconômicos, de diferentes etnias e de grupos minoritários, foi aprovado pelos comitês de ética em pesquisa da Universidade de Linköping e da Universidade de Lund, na Suécia, e foi publicado no British Journal of Sports Medicine. Os participantes do estudo foram acompanhados desde o nascimento e os dados foram coletados até os 25 anos de idade.
Participantes com transtornos do neurodesenvolvimento (autismo e transtorno do déficit de atenção e hiperatividade) foram excluídos do conjunto de dados.
Os resultados estão em consonância com os resultados de outro estudo, de 2018, com 4.861 crianças canadenses de 10 a 11 anos, que demonstraram que a incidência de transtornos psiquiátricos internalizantes e externalizantes foi maior entre crianças menos ativas fisicamente.
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