
Campinas cria 721 empregos formais em janeiro, mas saldo é metade do registrado há um ano
Agência Brasília
Campinas (SP) fechou o primeiro mês de 2025 com mais contratações que demissões, com abertura de 721 vagas de emprego com carteira assinada. Mas apesar de positivo, o saldo de janeiro representa 50,6% do volume de vagas criadas em janeiro de 2024, que foram 1.424.
Os dados são do Cadastro Geral de Empregos e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.
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Dos cinco grandes setores, apenas a indústria de Campinas teve números melhores que os registrados em janeiro de 2024. Foram 436 contratações a mais do que demissões, ante um saldo de 272 postos abertos no primeiro mês do ano anterior.
Na indústria, o maior volume de contratações foi no setor de fabricação de peças e acessórios para veículos (194), seguido por manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (69).
Responsável pelo maior volume de vagas abertas (659), o setor de serviços foi impactado pelo saldo positivo na área de educação (387), sendo a grande fatia na educação infantil e ensino fundamental (353).
Já a locação de mão de obra temporária representou 234 vagas abertas no setor de serviços em janeiro.
Na avaliação da economista e professora da PUC-Campinas, Eliane Navarro Rosandiski, os números de janeiro apresentam “um compasso de espera de algumas áreas”, em um cenário de aumento da taxa de juros e do dólar, e como isso influencia o consumo das famílias.
Isso ajuda explicar o corte de vagas no comércio acima do registrado em janeiro de 2024, mesmo após um final de ano com números positivos em vendas. Segundo a economista, a área de alimentação também teve sinal negativo, o que demonstra a falta de confiança dos setores.
Eliane Navarro Rosandiski
Reprodução/EPTV
Uma das áreas mais aquecidas de Campinas desde 2024, a construção civil contratou, mas em um ritmo menor. Foram 249 vagas, contra 881 do ano anterior.
“Chama atenção porque não tem uma sazonalidade como o comércio ou a indústria. É um setor amarrado a fatores macroeconômicos, e pode ser que o efeito do aumento da taxa de juros tenha provocado uma pequena contenção. Mas é preciso observar o comportamento nos próximos meses”, avalia.
Dos dados de janeiro, Eliane vê como positivo o volume de contratações na indústria, embora faça ressalva pela parcela de contratos temporários – há uma parcela da área de serviços que loca mão de obra para a indústria.
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